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Economia

Brasil e China assinam acordo de US$ 7 bilhões para projetos da Petrobras

Paulo Victor Chagas e Mariana Branco – Agência Brasil | 19/05/2015 20:16
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, a presidenta Dilma Rousseff, participam do encerramento da Cúpula Empresarial Brasil-China, no Palácio do Itamaraty ( Foto:José Cruz/Agência Brasil)
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, a presidenta Dilma Rousseff, participam do encerramento da Cúpula Empresarial Brasil-China, no Palácio do Itamaraty ( Foto:José Cruz/Agência Brasil)

A presidenta Dilma Rousseff disse que os acordos de cooperação assinados entre Brasil e China para financiar projetos da Petrobras mostram confiança na estatal. Os novos acordos envolvem US$ 7 bilhões. Em abril, a estatal brasileira já havia obtido financiamento de US$ 3,5 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China.

“Convidei o governo chinês a participar na área de investimento de petróleo e gás, tanto em refinarias quanto em estaleiros. [Esses acordos demonstram] Não só confiança na Petrobras, mas também ampliam a parceria que temos com empresas chinesas CNPC [China National Petroleum Corporation] e CNOOC [China National Offshore Oil Corporation], no Campo de Libra, na extração de petróleo do pré-sal”, destacou.

A presidenta deu as declarações no encerramento da Cúpula Empresarial Brasil-China, no Itamaraty. Mais cedo, no Palácio do Planalto, ela e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, assinaram um plano de ação conjunta entre os dois países, do qual fazem parte 35 acordos.

Segundo Dilma, as novas oportunidades, em setores como energia renovável, mineração, infraestrutura e manufaturas, totalizam R$ 53 bilhões, olhando sob uma perspectiva de médio prazo.

De acordo com a presidenta, a implementação do plano de ação conjunta contará com o suporte do acordo de cooperação entre a Caixa Econômica e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês). “Através do acordo, o ICBC vai disponibilizar recursos da ordem de US$ 50 bilhões de dólares, por meio de financiamentos e de fundos de investimentos”, disse a presidenta.

Dentre os acordos, foi firmada a compra de 22 aviões da empresa brasileira Embraer para companhias aéreas chinesas. A expectativa inicial era de financiamento de 40 aeronaves. Os outros 18 aviões ainda dependem de uma segunda aprovação das autoridades chinesas em uma fase posterior.

Dilma comemorou também a liberação das vendas de carne bovina brasileira para a China. O país asiático havia embargado o produto brasileiro em 2012, em razão da detecção de um caso atípico da doença da vaca louca.

Durante visita ao Brasil, em julho de 2014, o presidente chinês, Xi Jinping, chegou a anunciar o fim do embargo, mas as negociações para liberação só foram concluídas agora. Inicialmente, nove frigoríficos foram habilitados para exportar: oito de carne bovina e um de aves. Segundo o Ministério da Agricultura, até junho, 26 empresas serão liberadas.

Ao discursar sobre os acordos fechados entre os dois países, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, destacou que China e Brasil têm pontos em comum por serem países emergentes. “Ambos têm a tarefa de construção econômica e melhoramento da vida do povo”, declarou.

Para Li Keqiang, os países devem se unir já que passam por um momento de desaceleração econômica. “Devemos pensar em transformação e explorar caminhos de comércio a longo prazo”, disse. Depois de passar pelo Brasil, o primeiro-ministro seguirá para o Peru, a Colômbia e o Chile.

No Peru, a exemplo do que ocorreu no Brasil, assinará acordo sobre estudo de viabilidade para construção da ferrovia transoceânica. Trata-se de uma ferrovia ligando o Brasil ao Oceano Pacífico, passando por território peruano. “O projeto da ferrovia vai incentivar o crescimento da economia brasileira e também dos países em desenvolvimento”, conclui Li Keqiang.

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