Capital recebe delegações de três países para evento do Corredor Bioceânico
Campo Grande começou a receber nesta quarta-feira (27) delegações do Chile, Argentina e Paraguai para o seminário Corredor Bioceânico Rodoviário, rota que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico partindo de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul. O evento se destina, entre outras coisas, a debater a relação aduaneira entre os países, de modo que os caminhões circulem sem a necessidade de parar em barreiras alfandegárias.
Magda Corrêa, coordenadora do seminário, afirma que são esperados de 40 a 50 estrangeiros, entre chefes de estado e outras pessoas envolvidas nos trabalhos.
A delegação chilena é maior, com cerca de 30 integrantes. A Argentina deve enviar de 12 a 15 pessoas e o Paraguai, 13 pessoas.
Nesta quinta eles se reúnem a portas fechadas para as tratativas de desburocratização do tráfego viário. É a segunda reunião desde que o grupo de trabalho para implantação do projeto foi criado, em dezembro de 2015, com a assinatura da Declaração de Assunção.
O secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, acredita que haverão outros encontros até que a questão seja resolvida. “Provavelmente em setembro faremos um encontro na Argentina e a ideia é fechar o ano com um encontro no Paraguai, uma vez que a declaração foi feita em Assunção, vai ter se passado um ano e aí sim eu acredito que estaremos com o projeto bastante maturado”.
Como funciona? - Hoje os produtos brasileiros precisam seguir ao litoral para serem exportados. Um dos principais locais de despacho é Santos, atualmente saturado pelo volume de cargas e caminhões que circulam pelo local diariamente.
Além disso, para enviar produtos para a Ásia por vias marítimas, por exemplo, é preciso percorrer um longo caminho pelo Atlântico ou dar a volta na América do Sul pelo Canal do Panamá ou por outras rotas que podem levar até 14 dias.
Quando sair do papel, conforme o secretário, os caminhões devem levar cerca de três dias para chegar de Porto Murtinho ao Chile, percorrendo para isso 1,8 mil quilômetros.
“Nós entendemos que isso viabiliza principalmente os produtos de maior valor agregado maior e independente do mercado asiático nós temos o mercado da América do Sul. Ela vai propiciar que você crie uma relação comercial entre os países”.