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Economia

Com chuva atípica no inverno, colheita do milho safrinha em MS está atrasada

Renata Volpe Haddad e Priscilla Peres | 08/07/2015 14:04
Chuva atrapalha colheita de milho na região sul do Estado. (Foto: Famasul/Divulgação)
Chuva atrapalha colheita de milho na região sul do Estado. (Foto: Famasul/Divulgação)

As chuvas constantes que caem em Mato Grosso do Sul no período de inverno têm atrapalhado a colheita de milho. Até agora, são 10 dias de atraso em comparação com o ano passado e são apenas 3% de safra colhida. Em 2014, neste mesmo período, produtores já haviam colhido 5% da produção do grão.

De acordo com o analista em agricultura da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Leonardo Carlotto, a região norte está colhendo normalmente, pois as chuvas não estão constantes. "Já a região sul está sendo prejudicada. Se esta situação continuar até domingo, a diferença de colheita será maior em comparação ao ano passado, dando uma diferença de 8% a menos de áreas colhidas", comenta.

Carlotto explica que o milho precisa estar seco para ser colhido, pois pode haver problema no maquinário da coheita. "Outro fator que complica é o sereno, mesmo não chovendo, a noite o clima fica úmido no inverno, molhando as plantas", afirma.

O analista diz que produtores precisam ficar alerta, pois se as chuvas se estenderem por mais 15 dias, é possível começar a ter perdas de safra. "Mas mesmo assim, temos a estimativa de colher o mesmo que na safra de 2014, o que pode acabar compensado o fator do clima", informa.

No ano passado, foram colhidos 8,3 milhões de toneladas e essa é a previsão para 2015 também. Conforme Carlotto, há produtores que já colheram de 90 a 100 sacas de milhos por hectare. "O que é muito bom. No início da plantação, a estimativa era de colher 7,9 milhões de toneladas, mas já está quase que estável em comparação com o ano passado. A diferença é que este ano, os produtores não quiseram investir muito em tecnolgia para a plantação de milho, pois os preços não estavam atrativos no começo do ano", finaliza.

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