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Economia

Com deficit milionário, Reinaldo quer reforma previdenciária junto com Temer

Priscilla Peres e Leonardo Rocha | 08/08/2016 13:17
Governador falou sobre o assunto hoje, em evento. (Foto: Fernando Antunes)
Governador falou sobre o assunto hoje, em evento. (Foto: Fernando Antunes)

A previdência social de Mato Grosso do Sul acumula deficit de R$ 800 milhões neste ano e para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a única forma de solucionar o problema é preparar uma reforma que acompanhe a iniciativa federal, ou seja, nos moldes do que será feito pelo presidente interino Michel Temer (PMDB).

Durante agenda na governadoria na manhã de hoje, Reinaldo comentou que o deficit previdenciário em MS, aumenta ano a ano o que impacta os recursos do Tesouro. "O resultado do desequilíbrio do sistema previdenciário do estado é sentido nas contas estaduais, por isso precisamos de uma reforma", afirma.

Para existir o deficit, significa que o setor gasta mais do que arrecada. Neste ano, o governo realizou o Censo Cadastral Previdenciário, que atingiu 94,6% dos segurados convocados para a atualização de dados.

Atualmente são 65,7 mil servidores de todos os poderes e o censo deve ser realizado no mínimo a cada cinco anos. "O problema acontece não só no Estado, mas em todo o país e temos que construir uma estrutura que ande junto com a reforma que Michel Temer deve encaminhar ao Congresso, algo que transcende a política".

Ele acredita que diante da situação atual, "daqui uns dias o Tesouro não consegue arcar com o pagamento" e ainda lembra que situação parecida acontece em outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

"Entre as mudanças, quero ter um fundo previdenciário equilibrado, aposentadoria com pagamento para quem aposenta acima do teto, desfazer alguns ativos dos estados para capitalizar esse fundo, para que ele seja saudável e não impactar o Tesouro", afirma o governador sobre as possível mudanças.

Reforma previdenciária - O governo federal estuda mudanças na previdência que deve mudar a idade para aposentadoria, por exemplo. Trabalhadores com até 50 anos terão de aposentar com idade mínima de 65 anos, no caso de homens e 62, para mulheres.

De acordo com o ministro da Casa Civil, Eduardo Padilha, em entrevista à Folha, a transição deve durar 15 anos e o intuito é interromper a trajetória de crescimento elevado do deficit da Previdência.

Para aqueles que já estão próximos de se aposentar, o governo vai estudar o pedágio entre 40% e 50% de tempo que terá de esperar antes de conseguir o benefício.

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