Combustíveis sobem cinco vezes acima da inflação em Campo Grande
Etanol ficou 12,5% mais caro no intervalo de um ano na Capital
Apesar de leve recuo na semana passada, os preços dos combustíveis subiram em um ano até cinco vezes mais que a inflação acumulada em Campo Grande. Conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do etanol aumentou 12,56% neste mês na comparação com outubro do ano passado.
O consumidor de Campo Grande está pagando, atualmente, a média R$ 3,082 pelo litro do etanol. Em igual período de 2016, o custo era de R$ 2,738.
A variação do preço do combustível, de 12,56%, é o quíntuplo da alta do IPC (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), calculado pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Uniderp. A inflação, acumulada na Capital, em 12 meses, é de 2,43%.
A majoração do etanol é superior à da gasolina. No entanto, esse segundo combustível também encareceu significativamente: 10,45%, de R$ 3,33 para R$ 3,678, de outubro de 2016 a mesmo mês de 2017.
Ligeiras retrações dos últimos dias amenizaram essas altas. O preço médio da gasolina recuou 2,1% (de R$ 3,757 para R$ 3,72) e o do etanol, 1,18% (de R$ 3,119 para 3,082) na média da semana passada em relação à anterior.
Desvantagem – Com as altas dos preços do etanol acima dos aumentos dos valores da gasolina, o biocombustível apresenta desvantagem econômica em relação ao derivado de petróleo.
Para ser considerado vantajoso, o preço do etanol deve ser menos de 70% da da gasolina. No entanto, em Campo Grande essa equivalência está em 83,79%.
Essa situação se repete, em maior ou menor medida, em quase todo o País. Apenas em quatro capitais – Goiânia, Cuiabá, Belo Horizonte e São Paulo –, o etanol continua apresentando preço competitivo na comparação com o custo da gasolina.