Conselho do FCO libera R$ 80 milhões a setor rural na primeira reunião do ano
No total, estão disponíveis R$ 2,2 bilhões para empréstimos em 2018 no Estado
O Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) aprovou, na primeira reunião do ano, realizada nesta quarta-feira (24), R$ 80 milhões para o setor rural de Mato Grosso do Sul. Os conselheiros se reuniram durante a manhã na Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Além dos R$ 80 milhões liberados, estão em análise outros R$ 100 milhões também para o setor rural. No total, estão disponíveis R$ 2,2 bilhões para contratação pelo FCO neste ano.
O montante aprovado na reunião desta quarta-feira é recorde para o mês de janeiro, de acordo com o titular da Semagro, Jaime Verruck. “Não tivemos em nenhum momento de janeiro um volume de recursos dessa ordem, mostrando que o setor vai ter um desempenho positivo ao logo do ano”, avalia.
Em relação ao setor empresarial, houve mudanças na contratação do FCO. Neste mês, o Ministério da Fazenda e o Congresso Federal alteraram a taxa do setor, passando de fixa para a TLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).
“Por ser variável e mudar mensalmente, a nova taxa gera instabilidade aos empresários”, afirmou a Semagro. “Além disso, o Banco do Brasil sinalizou que só vai abrir o sistema para o recebimento de projetos do setor empresarial em março”, acrescentou a secretaria. Para Verruck, esses meses de atraso vão comprometer totalmente a aplicação de recursos da área.
O Governo do Estado por meio da Semagro, já tinha se manifestado contra a mudança no âmbito da taxa por acreditar que 2018 ainda é um ano de recuperação e a decisão da troca de taxa pode comprometer a aplicação de recursos do e o resultado recorde obtido no ano passado.
“A Semagro está pedindo a reversão da TLP, já conversamos com deputados e Governo Federal e estamos pedindo pressão das entidades para que se mantenha em 2018 a taxa fixa no FCO visto que o problema também vai surgir no rural em julho, quando há a mudança da taxa do setor”, destacou o secretário.