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Economia

Conta de luz será cara durante o ano todo, com pior crise energética da história

Jais Bolsonaro (sem partido) fala em azar de administrar país em momento com recorde de seca nas hidrelétricas

Gabriela Couto | 12/05/2021 10:53
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) destaca que não há risco de apagão elétrico apesar do cenário crítico (Foto Getty Imagens)
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) destaca que não há risco de apagão elétrico apesar do cenário crítico (Foto Getty Imagens)

Desde 2015 os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste não terminavam o período de chuvas com os piores níveis históricos. A situação de seis anos atrás deve se repetir e impactar diretamente no bolso do consumidor até o final deste ano.

A previsão para o futuro não é nada boa. Especialistas afirma que o país corre risco de racionamento no próximo ano se a seca persistir com o mesmo padrão.  O problema já chegou ao conhecimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Só avisando, a maior crise que se tem notícia hoje. Demos mais um azar, né? E a chuva geralmente (cai) até março, agora já está na fase que não tem chuva", destacou.

 O presidente da ABCE (Associação Brasileira de Companhias de Energia), Alexei Vivan, não tem um bom prognóstico para 2021. "Este ano vai ser um ano de bandeira vermelha. É uma confluência negativa para o consumidor, já prejudicado pela pandemia."

A perspectiva de especialistas é que aconteça um aumento no preço das tarifas nos próximos meses. Já com a bandeira vermelha 1 adotada em maio, a previsão é que passe para a bandeira vermelha 2, que adiciona R$ 6,24 a cada 100 kWh.

O bolso do consumidor pode pesar ainda mais caso a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) prossiga com proposta para aumentar o custo das duas bandeiras vermelhas, que passariam a R$ 4,60 e R$ 7,57, respectivamente. O assunto era discutido em consulta pública até a semana passada.

No entanto, as bandeiras não são o único mecanismo de repasse do elevado custo das térmicas. Outra parte do gasto extra é paga na revisão tarifária das distribuidoras de energia, que ocorrem durante o ano.

 Apesar da crise ser a pior dos últimos 91 anos, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o Brasil tem condições de garantir a segurança energética.

"Apesar das medidas excepcionais e da crise hidrológica que nós estamos vivendo, nós temos condições de garantir a segurança energética do País para 2021, mas, já adianto, vai exigir medidas excepcionais e também bastante atenção por parte de todos os agentes públicos", afirmou o ministro, em audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputado, nesta quarta-feira (12).

De acordo com projeção do Ministério de Minas e Energia, com base em dados do ONS, se nenhuma medida for tomada, os reservatórios podem chegar a 14,9% da capacidade em novembro.

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