Corretor diz que apesar de imóveis encalhados mercado está normal
O mercado imobiliário espera crescimento de até 9% nas vendas deste ano, mesmo o momento sendo de instabilidade na economia. Em Campo Grande é possível notar uma expansão em imóveis para compra e venda espalhados por diversas regiões da cidade, mas essa desaceleração nas vendas é considerada normal, segundo João Teodoro da Silva, presidente do Cofeci (Conselho Federal e Regional de Corretores de Imóveis).
Silva disse ontem (27), durante evento do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, que Campo Grande vive um momento surpreendente em relação à venda. "De 2005 até 2012, vivemos um período excepcional, de muitas vendas rápidas, depois desse período, as vendas continuaram crescendo, mas de forma normal", disse.
A grande quantidade de imóveis à venda é o reflexo da normalidade do setor. "Há dois anos tivemos um momento considerado um boom imobiliário, onde os imóveis eram vendidos assim que eram colocadas as placas de venda. Hoje estamos enfrentando a normalidade, pois esses imóveis levam até 6 meses para serem vendidos, isso é considerado normal para nós, o mercado só está crescendo", acrescentou.
Questionado se essa é uma boa época para investir, Silva afirma que o mercado imobiliário nunca dá prejuízo. "A cidade cresce e se valoriza, e os imóveis seguem esse ritmo. Atualmente a casa própria é um dos principais itens do consumo da população campo-grandense, que possui uma das melhores rendas per captas e um alto poder aquisitivo" afirmou.
Os preços dos imóveis seguem estabilizados, conforme informou o presidente, pois o mercado é sólido e não perde valor, dessa forma os preços não devem apresentar queda. "Os preços não tendem a baixar, o que acontece é que alguns construtores já têm estratégias de vendas, oferecem imóveis que já possuem um preço baixo dizendo que é promoção ou que os preços baixaram, sendo que na realidade esse é o valor real do imóvel".
Delso José de Souza, presidente do Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul), o mercado está aquecido e vendendo. "Hoje temos 4.500 corretores de imóveis registrados no órgão, mas devido a demanda, teríamos que ter cerca de 1 milhão".
Com um consumidor mais exigente, Delso comentou que os empreendedores estão construindo de acordo com a vontade do consumidor. "O consumidor compra um imóvel já sabendo o que quer e como vai fazer para adquiri-lo, e os empreendedores estão buscando atender essas necessidades". comentou.