Depois do vinagrete, batata sobe e “azeda” purê do campo-grandense
Depois do tomate, que subiu o preço do vinagrete, o campo-grandense passou a gastar mais na hora de comprar batata e cebola. Nas últimas duas semanas, o saco de batatas de 50 kg passou de R$ 80, em média, para R$ 130, na Ceasa de Campo Grande. A alta foi de 62% em pouco mais de uma semana.
No início de mês, a bata já aparecia com alta de 2,97% no levantamento da cesta básica da Capital feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no mês de março.
Outro levantamento, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da universidade Anhanguera/Uniderp, mostrou que a cebola também sofreu elevação nos preços de 17,72%.
“São dois produtos que sofrem alta com as chuvas nas regiões produtoras, que são quase as mesmas”, explica Cristiano Chaves, que é coordenador da Divisão de Mercado da Ceasa. Cristiano conta que alguns comerciantes tinham estoques e por isso não sentiram tanto o aumento.
Os dois alimentos são produzidos em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. A cebola tem como opção a importação da Argentina, mas acaba chegando mais cara na Ceasa e sai por R$ 60, enquanto a nacional é comercializada por R$ 50.
“Como são produtos que são carro chefe, a venda cai um pouco e tem que frear as compras”, diz Ronilson Prado, gerente de supermercado. Por mês, ele compra 750 kg de batata e outros mil quilos de cebola e acredita que não deve haver uma redução no preço desses alimentos, que na gôndola, passar de R$ 2,49 para 3,99.
Ronilson acredita que os dois alimentos, que subiram nos últimos dez dias, não devem ter queda no preço nas próximas semanas. Já Cristiano é mais positivo e aposta na redução “Amanhã começam a chegar novos carregamentos e acredito que o preço caia”, revelou.