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Economia

Eldorado confirma R$ 7,5 bilhões e inicia 2ª ciclo da celulose em MS

Aline dos Santos | 10/12/2013 15:53
Eldorado foi inaugurada em dezembro de 2012. (Foto: João Garrigó)
Eldorado foi inaugurada em dezembro de 2012. (Foto: João Garrigó)

Mais R$ 7,5 bilhões devem aportar em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, no projeto de expansão da Eldorado Brasil. De acordo com o jornal o Estado de São Paulo, o grupo faz engenharia financeira para fazer a segunda linha de produção, prevista para operar em 2017. Ainda segundo a reportagem, a Eldorado, que tem 90% de seus negócios voltados para exportação, tem sido beneficiada pela alta do dólar.

No município, que se consolida como a Capital da Celulose, também é grande a expectativa da ampliação da Fibria. As duas indústrias já realizaram audiência pública para discutir a expansão. De acordo com o diretor-executivo da Reflore MS (Associação Sul-mato-grossense dos Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Benedito Mário Lázaro, serão mais 300 mil hectares para cultivo do eucalipto.

“As expansões devem gerar 30 mil empregos em toda a cadeia”, afirma. Ele explica que no cálculo entram setores como alimentação, transporte, comércio, construção civil, prestação de serviço. “Se não tivesse a fábrica, o que teria?”, diz.
Inaugurada em dezembro de 2012, a Eldorado Brasil pretende chegar a 3,5 milhões de toneladas anuais em 2017. A maior fatia da produção vai para a China, depois Europa e, por fim, 15% para América Latina, incluindo Estados Unidos e o Brasil. Mas a empresa já sonha em atingir 5 milhões de toneladas até 2021.

Na primeira etapa, foram 10 mil trabalhadores no pico da fase de construção. A primeira linha teve investimento de R$ 6,2 bilhões. A empresa tem 2.500 empregados, sendo 700 na fábrica.

Reflexo - Em menos de uma década, a renda média em Três Lagoas praticamente triplicou. Em 2005, era R$ 650. No ano passado, chegou a R$ 1.850. Já o PIB per capita, passou de R$ 750 em 2005 para R$ 2.774 em 2012. No ano passado, as exportações, capitaneadas pela celulose, totalizaram 645 milhões de dólares.

As cidades do entorno, como Selvíria e Brasilândia, também sentem os reflexos do crescimento. Em outubro, o governador André Puccinelli (PMDB) anunciou a instalação de uma indústria de papel e celulose em Ribas do Rio Pardo.
O investimento será de R$ 8 bilhões, com previsão de começar as obras em junho de 2014.

O Estado também tem interesse da Arauco, do Chile. Mas a medida depende da mudança na interpretação da Lei para Estrangeiros, que limita a compra de terras. Para o economista Paulo Ponzini, é fundamental que toda a região se prepare para o crescimento. “Existe diferença entre desenvolvimento e inchaço. Os investimentos sociais precisam acompanhar”, analisa.

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