Em busca de custos menores, ACICG fecha acordo com entidades argentinas
Acordos comerciais serão fechados com as províncias de Jujuy e Tucumán, prevendo melhoria em logística e redução de preços
A ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) assinou nesta quinta-feira (10) acordos de cooperação com organizações representativas do comércio, indústria e serviços da Argentina. A ação, que faz parte do processo de internacionalização da entidade campo-grandense, busca fortalecer a integração econômica e estabelecer investimentos e oportunidades, tendo a chancela da Câmara de Comércio da Argentina e abre caminho para o barateamento de alguns produtos para os consumidores sul-mato-grossenses.
O ato de assinatura ocorreu na Casa do Governo de Jujuy, fechado com a Câmara de Comércio Exterior daquela província argentina. Termo semelhante seria firmado com autoridades da província Tucumán. João Carlos Polidoro, presidente da ACICG, destacou que os acordos facilitarão a importação e exportação de produtos, com as operações de nacionalização sendo realizadas no porto seco de Campo Grande.
“Haverá uma enorme redução dos custos de logística por conta da utilização de modais alternativos. As reduções de custos logísticos, aliadas à redução da burocracia e tempos de despacho aduaneiro trarão mais competitividade ao mercado local, além do desenvolvimento de um novo segmento de mercado, da operação logística, que é praticamente inexistente. Com isso, se ampliam os interesses em novos investimentos na cidade e no Estado", destacou Polidoro.
Os acordos também preveem cooperação para estimular projetos por meio do intercâmbio de informações e atividades conjuntas, o que deve abrir oportunidades de negócios. “Queremos fortalecer o relacionamento com o Brasil para obter maior integração e, assim, poder sair ao mundo em uma aliança estratégica do Mercosul”, disse o chefe da Câmara de Comércio Exterior da Jujuy, Jorge Gurrieri.
Balança comercial – Emissário da ACICG na Argentina, Darío Guerrieri explicou que Campo Grande importa itens como batata, feijão e frutas de outros Estados brasileiros, ao passo que Jujuy e Tucumán são províncias produtoras. A expectativa é de que os convênios firmados nesta quinta favoreçam o Estado, já que, em termos logísticos, tais itens serão mais baratos.
“Todos os produtos importados primeiro vão para São Paulo, por exemplo, e depois chegam a Campo Grande. Quando você compara, percebe que a rota entre Campo Grande e Buenos Aires é menor que a praticada atualmente, via São Paulo, e nota-se, portanto a redução de custos e de tempo nessa logística”, explicou.
Ainda nesta quinta-feira, a comitiva da ACICG fecharia termo de cooperação com a Federación Económica de Tucumán.