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Economia

Estudo aponta falta de cooperação entre países na Rota Bioceânica

Publicado no início deste mês pelo Ipea, ele traz sugestões para melhorar esses aspectos

Cassia Modena | 13/08/2023 09:36
Cenário das obras em frente ao Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Edemir Rodrigues)
Cenário das obras em frente ao Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Edemir Rodrigues)

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), que é ligado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, indicou que falta coordenação entre os países envolvidos na construção da Rota Bioceânica e maior participação da iniciativa privada para o projeto avançar de forma eficiente. A análise foi publicada em 4 de agosto.

A rota, oficialmente chamada de Corredor Rodoviário Bioceânico, é um conjunto de pontes e estradas que vai atravessar o estado de Mato Grosso do Sul, o Chaco paraguaio, as províncias do noroeste argentino e os portos do norte do Chile. Sua extensão permitirá, em termos geográficos, conectar os Oceanos Atlântico e Pacífico na América do Sul via terrestre.

O planejamento para a obra começou em 2021. No ano seguinte, a ponte que ligará Porto Murtinho (MS) à cidade paraguaia de Porto Camelo, começou a ser construída. Ela é ponto chave para a integração brasileira aos demais países e deverá ficar pronta no 1° semestre de 2025, conforme anunciou o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel no mês passado.

Para avançar - Conforme detalhou o estudo do Ipea, intitulado “Redes de atores e o seu papel no desenvolvimento de corredores: Diagnóstico e proposta de governança para o Corredor Rodoviário Bioceânico Mato Grosso do Sul-portos do norte do Chile”, embora a infraestrutura física do corredor tenha tido progressos, é fundamental fortalecer o projeto institucional e promover maior interação entre os participantes.

Precisa haver mais cooperação entre empresas, governos locais e nacionais para atrair maior fluxo de produtos e impulsionar o desenvolvimento regional nas áreas envolvidas, segundo a publicação.

O caminho apontado pelos próprios autores do estudo é implementar uma nova forma de governança no projeto, que inclui a criação de um comitê governamental, um conselho consultivo e um mecanismo de apoio. Além disso, é sugerida a criação de uma rede de negócios do Corredor Rodoviário Bioceânico, a disponibilização de um banco de dados com informações dos atores envolvidos e a realização de missões empresariais e treinamento técnico para fortalecer a participação do setor privado e impulsionar o desenvolvimento regional.

O estudo está disponível na íntegra aqui.


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