Fábrica chinesa deve assinar em maio contrato de instalação em Maracaju
A empresa chinesa de biotecnologia BBCA, que irá se instalar em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, deve ‘fechar’ em maio o contrato com a Prefeitura e com o Estado. A assinatura deve ser feita pelo presidente da fábrica. Na primeira fase do projeto deverão ser investidos US$ 320 milhões.
A informação é do governador André Puccinelli (PMDB), que esteve na China com um dos diretores da fábrica, Li Roger Jie, e nesta quinta-feira conversou com deputados estaduais durante 1h30min. "O presidente da empresa, autorizado pelo governo, vem em maio para bater o martelo", disse o governador. E expectativa é que sejam gerados de 200 a 300 empregos diretos
Puccinelli chegou à Assembleia por volta das 10h40 e o presidente da Casa, Jerson Domingos, encerrou a sessão para que os deputados se reunissem com o governador. Puccinelli conversou sobre diversos assuntos e aproveitou para fazer um relatório da viagem à Itália e à China. Ele disse que em julho deve revisar o valor da emenda individual a cada deputado, que atualmente é de R$ 800 mil.
De acordo com o governador, representantes da BBCA estiveram três vezes em Maracaju e já fizeram levantamento do município pelo Google, com a intenção de selecionar áreas para a construção da unidade. "Ficamos impressionados com o grau de conhecimento e de detalhes que eles tinham. Já tinham selecionado possíveis áreas, porque tem que ter logística, ferroviária, daí a importância da ferrovia Maracaju-Dourados-Mundo Novo-Cascavel e que ter logísitica de água", explicou.
Conforme André, a administração municipal irá dar isenção do ISS (Imposto sobre Serviços), retirar o IPTU por determinado número de anos (tempo será definido em maio com o presidente) e o Estado, 90% de desconto no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) durante 15 anos. “Eles tem que correr, porque o STF [Supremo Tribunal Federal], no fim desse ano ou no começo do ano que vem, deve cortar os incentivos”.
A instalação da fábrica havia sido anunciada pelo governador na última segunda-feira. A empresa vai receber uma área de 100 hectares para a sede do empreendimento e vai adquirir mais 50 hectares.
O grupo - A BBCA consome anualmente 600 mil toneladas de milho e 300 mil toneladas de eucalipto. O grão será utilizado na produção de amido, glucose, maltose, óleo, proteína de milho em pó, fibra alimentar, gérmen de milho, lisina e ácido cítrico.
Fundada em 1958, a BBCA é uma das maiores empresas de ciência e tecnologia para a bioquímica, bioenergia e biofarmacêutica da China e tem 8.700 funcionários.
Até o final de 2005, o ativo total da empresa chegou a 19.300 mil funcionários e a internacionalização foi definida como no plano de gestão aprovado em 2011. Além do Brasil, há unidades em Buenos Aires, Los Angeles, París, Bélgica, Tailândia e outros países.
Além do milho e do eucalipto, a fábrica importa produtos como óleo de peixe, farinha de peixe, soja, azeite, leite em pó, farinha de ossos, vinho, glicerina, frutas, e alfalfa.
