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Economia

Gasolina já é encontrada a quase R$ 6,50 o litro em Campo Grande

Reajuste de 7,2% nas refinarias foi anunciado ontem, mas preço maior já é encontrado hoje nos postos

Nyelder Rodrigues e Bruna Marques | 09/10/2021 12:21
Gasolia comum já é encontrada por até R$ 6,48 em posto de gasolina de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)
Gasolia comum já é encontrada por até R$ 6,48 em posto de gasolina de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Não precisou muito tempo para que os postos de combustíveis de Campo Grande se mexessem e reajustassem o preço da gasolina, etanol e diesel. Ontem (8), a Petrobras anunciou o reajuste de 7,2% no preço da gasolina e do gás de cozinha nas refinarias, o que de imediato já gerou um efeito para o consumidor final.

Apesar da logística de distribuição dos combustíveis demandar um tempo do repasse dos produtos para as distribuidoras e aí sim chegar à bomba dos postos, já é possível encontrar o litro da gasolina em R$ 6,48 na venda à prazo, como ocorre na unidade da rede Faleiros, com bandeira Ipiranga, da avenida Guaicurus.

Lá, o preço da gasolina à vista está na casa dos R$ 6,28, enquanto o etanol e o diesel são vendidos à R$ 4,79 e R$ 4,89, respectivamente. Já à prazo, esses produtos eram encontrados no local no fim da manhã desse sábado (9) a R$ 4,99 e R$ 4,89.

"Geralmente eu gastava R$ 200 para encher o tanque, mas ultimamente venho colocando só R$ 40, no máximo, e isso só dá para andar dois dias. Esses preços vão acabar com a gente. Está complica demais", comenta o padeiro Éber de Jesus, de 30 anos.

Morador do Jardim Centenário e dono de um Fiat Pálio, Éber comenta que a gasolina tem preço que oscila a partir do mercado internacional e do preço do dólar, o que dificulta a estabilidade do preço. "Assim nunca vai pra frente. Não tinha necessidade de aumentar tanto, tem dia que estou indo trabalhar de bicicleta. Está difícil".

Em geral, o preço à vista é menor, mas ainda assim, em valor que salta aos olhos do consumidor (Foto: Henrique Kawaminami)
Em geral, o preço à vista é menor, mas ainda assim, em valor que salta aos olhos do consumidor (Foto: Henrique Kawaminami)

Ainda na região sul da cidade, na avenida Gury Marques, a gasolina é encontrada à vista por R$ 6,08 no posto Royal Fic (à prazo fica em R$ 6,39), enquanto o etanol é vendido por R$ 4,79 (R$ 4,95 à prazo) e o diesel por R$ 4,99 (R$ 5,18).

Já no posto Ipiranga ao lado, a gasolina é vendida por R$ 6,04 (R$ 6,14 à prazo), o etanol por R$ 4,69 (R$ 4,79) e o diesel por R$ 4,89 (R$ 4,99). Por fim, no posto São Miguel, da avenida Gunter Gans, os preços à vista são de R$ 6,28 a gasolina (R$ 6,48 à prazo), R$ 4,83 o etanol (R$ 4,83) e R$ 4,86 o diesel (R$ 5,06).

"Não está dando para encher o tanque, não. Eu só estou conseguindo colocar R$ 50, no máximo R$ 100, e isso só rende duas idas ao Centro. Isso por que abasteço com etanol. Se fosse com gasolina, seria maior o gasto", conta o zelador Edmar Assis.

Morador do bairro Vespasiano Martins - localizado na região sul de Campo Grande - e dono de um Chevrolet Celta, Edmar frisa que com a remuneração atual dos brasileiros fica insustentável, já que os aumentos dos combustíveis são sucessivos.

"Essa situação é um absurdo. Não tem nem explicação uma coisa dessa. Aumentos sem necessidade, tem mesmo é que reduzir os preços. Não podemos parar de trabalhar, então teria que alguém, os deputados, alguém correr atrás disso aí. Daqui a pouco vamos usar só ônibus pois a passagem vai estar mais barata que a gasolina", desabafa.

Aumentos sucessivos da gasolina estão colocando em xeque política de preços da Petrobras (Foto: Henrique Kawaminami)
Aumentos sucessivos da gasolina estão colocando em xeque política de preços da Petrobras (Foto: Henrique Kawaminami)

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