Governo desapropria 11 áreas para obras em rodovia concedida no Bolsão
Áreas desapropriadas serão utilizadas para praças de pedágio e até posto policial
O Governo do Estado desapropriou trechos de onze áreas nas regiões do Bolsão e Leste do Estado para a efetivação do projeto de concessão da rodovia estadual MS-112 entre trechos das rodovias federais BR-158 e BR-436. Nas áreas serão implantadas três praças de pedágio, três bases de operação e uma unidade da Polícia Militar Rodoviária.
O papel do governo foi de declarar as áreas de utilidade pública para a desapropriação. Daqui pra frente, a Concessionária das Rodovias do Leste MS assume a tarefa de indenizar os proprietários e da adoção dos trâmites necessários para agilizar a posse dos locais. O governo autorizou a empresa a reivindicar os locais com urgência.
O trecho foi concedido ao setor privado em dezembro do ano passado, com o contrato assinado em março deste ano. São 412 quilômetros para administração por 30 anos, com previsão de investimento de R$ 3,44 bilhões.
Ao todo, foram dez decretos. Em Inocência, Cassilândia e em Selvíria serão necessárias áreas para a construção de bases operacionais, com desapropriação de 1,7 mil metros quadrados para cada; já o posto policial ficará em Três Lagoas, na divisa com São Paulo, com 1.500 metros quadrados desapropriados para a construção.
As praças de pedágio serão instaladas em Aparecida do Taboado, com a necessidade de desapropriar quatro áreas, somando cerca de 37 mil metros quadrados; em Paranaíba, com 12 mil metros quadrados e em Selvíria, também com necessidade de igual área.
Boom de desenvolvimento – O Governo Estadual aposta nessas regiões do Estado para um incremento expressivo na atividade econômica. O processo de industrialização já se acirrou bastante a partir de Ribas do Rio Pardo, às margens da BR-262, com a chegada da gigante de celulose Suzano.
Mais a Leste e no Bolsão há outros empreendimentos desta área, com Inocência se preparando para receber a chilena Arauco, que anunciou R$ 15 bilhões, e deve saltar de 48ª economia para uma posição entre a 6ª e 10ª.
O governo aponta que a região tem ainda empreendimentos nas áreas de silvicultura, agropecuária e indústrias frigorífica e de açúcar. São municípios próximos às divisas com Minas Gerais e São Paulo, facilitando a logística de transporte de produtos.