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Economia

Grupo chileno obtém licença para instalar fábrica de R$ 28 bilhões em Inocência

A primeira fase do projeto "Sucuriú" deve entrar em operação em 2028

Por Izabela Cavalcanti | 26/01/2024 12:03
Município de Inocência, onde a fábrica de celulose da Arauco será instalada (Fotos: Reprodução/Rima)
Município de Inocência, onde a fábrica de celulose da Arauco será instalada (Fotos: Reprodução/Rima)

A Arauco, grupo chileno, conseguiu Licença Prévia para implantar a fábrica de papel e celulose, em Inocência, 331 km de Campo Grande. Os 20 membros do CECA (Conselho Estadual de Controle Ambiental) aprovaram por unanimidade, na tarde de quinta-feira (25), o parecer que recomendou a emissão.

O documento aprova o local de implantação do empreendimento e outros aspectos preliminares. É o início da materialização do projeto. Mas, para começarem as obras, a empresa deve solicitar ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) a Licença de Instalação e após essa etapa, para dar início às atividades, a Licença de Operação.

O empreendimento intitulado como “Projeto Sucuriú” prevê investimento de R$ 28 bilhões e geração de 12 mil empregos durante a obra. Já quando entrar em operação, a fábrica deve gerar 1.070 empregos diretos e indiretos.

A construção tem previsão de iniciar em 2025 e a primeira fase do projeto deve entrar em operação no ano de 2028 e a segunda fase em 2032. Cada linha tem capacidade de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano, funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Além de celulose e papel, a Arauco também vai produzir energia elétrica com a queima de restos da madeira (raízes, galhos), tendo capacidade para 420 MW. Boa parte dessa energia será consumida pela própria fábrica e o excedente, exportado.

Em Mato Grosso do Sul, o grupo já possui a Mahal, empresa florestal que tem mais de 60 mil hectares de florestas cultivadas em Inocência, Água Clara, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Selvíria e Chapadão do Sul.

Estudo – O EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) mostra a caracterização do empreendimento, diagnóstico ambiental, meios físico, biótico e socioeconômico, identificação e avaliação de impactos ambientais e estudos complementares. Além de toda documentação, laudos técnicos e certidões que o Imasul exige.

“Estamos tendo a oportunidade de receber outro grande empreendimento, a exemplo da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. Tomamos todos os cuidados, tanto do ponto de vista ambiental quanto de infraestrutura urbana, para suportar esse crescimento repentino que terá Inocência”, disse o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

Somando os investimentos da Arauco em Inocência e a construção da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, chegam-se a quase R$ 50 bilhões no setor de celulose, em Mato Grosso do Sul.

Também foi dimensionado no estudo o tráfego de caminhões pelas rodovias que circulam em Inocência para comprovar que não haverá alteração significativa no fluxo.

O local foi escolhido levando em conta a condição da área, a logística da região, os incentivos fiscais, a localização da cidade e o rumo dos ventos e até a proximidade de um curso de água, no caso o Rio Sucuriú.

A Arauco já firmou um protocolo de intenções com a Prefeitura de Inocência para prover o município da infraestrutura necessária que atenda os impactos econômicos, sociais, logísticos, fiscais e populacionais decorrentes da implantação da fábrica.

Entre as ações consta a construção de uma terceira pista na rodovia MS-377, no trecho entre Água Clara e Inocência; e apoio na estruturação e implementação do Plano Diretor do município, por exemplo.

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