Incubadoras são opções de auxílio para empreendedores iniciais

Para apoiar e dar suporte a empreendedores de Campo Grande, a prefeitura mantêm quatro incubadoras em pontos estratégicos da cidade na área de alimentação, têxtil, artesanato e na área tecnológica.O interessado pode procurar a secretaria ou uma incubadora até setembro para cadastrar a empresa.
A Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico) abriu dois editais em março, para atender novas empresas. De acordo com o diretor do departamento de Comércio e Serviços da secretaria, Paulo Roberto Andreotti, quem tem um comércio e quer expandir, pode procurar uma incubadora.
"Durante um período de 24 meses que pode se estender para 30, serão realizadas consultorias, para ajudar o empreendedor a crescer e conseguir caminhar com as próprias pernas".
Exemplo disso é a Broto Frutos, empresa do ramo de alimentação que está há três anos na incubadora. Os alimentos são feitos com frutos do cerrado e é produzido até brigadeiro de pequi, além de pão integral, bolos, biscoitos, geleias, licores, salgados e tortas.
Segundo a presidente da Broto Frutas, Rosa Maria Silva, o período de incubação acaba no fim do ano e o objetivo é alugar um espaço no Centro da Capital. "Produzimos 300 unidades de pães por mês e 100 potes entre brigadeiros e geleias, só que temos capacidade de produzir mais, porém, as pessoas não conhecem e com uma loja central, com mais gente circulando, fica mais fácil de colocar nossos produtos no mercado", avalia.
A Broto Frutos participou da 16ª Biofach e expôs os produtos para milhares de pessoas. Não acreditando que faria tanto sucesso, agora, a Cingapura, Itália e Alemanha, querem comprar 500 quilos de castanha de baru.
"Para exportar a castanha precisamos de certificação internacional que ainda não temos, mas o Sebrae abriu consultoria e daqui dois meses vamos começar a exportar, mas não vai dar para mandar na quantidade que os países desejam, só que acredito que até 300 quilos vamos conseguir enviar".
A prefeitura da Capital encomendou 160 mil unidades de pães integral para atender alimentação escolar e o Colégio Militar vai comprar seis mil unidades de pães para atender alunos e funcionários.
Suporte – Segundo a assessora da Sedesc, Joana Mariana, atualmente são 11 empresas recebendo suporte nas quatro incubadores de Campo Grande.
"A importância das incubadoras é realizar o sonho que muitas pessoas têm de empreender. Muita gente que não sabe por onde começar, pode procurar a incubadora que damos todo o suporte necessário".
São serviços gratuitos na área de consultoria, parcerias com o Conselho Regional de Contabilidade, Corecon e Conselho Regional de Administração. Há também palestras na área motivacional, cursos de informática realizados todos os dias, além de telecentro em cada incubadora.
Empresas - A produção de 500 quilos por mês do mel Serra da Bodoquena, acontece dentro de uma das incubadoras. No último ano, a empresa aumentou em 70% a produção que é vendida para feirantes.
Em 2004, a dona da empresa Tecelagem e Cia, Ruth Conceição da Silva, quis aprender a fazer artesanatos e hoje, vende para São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
As peças são produzidas com ossos e chifres de boi, e fazem sucesso fora. "As pessoas de Campo Grande não se interessam muito por esse tipo de artesanato, então, como participamos muito das feiras, acabam conhecendo nosso trabalho fora e fazemos sucesso com as peças".
As incubadoras municipais em Campo Grande estão localizadas: Artesanato, Bairro Zé Pereira; Artefatos de Couro Bairro Estrela Dalva; Produtos Alimentícios, Bairro Santa Emília e de Confecção Têxtil, Bairro Mário Covas.