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Economia

Instituição do Paraná faz em MS estudo sobre uso da hidrovia do Rio Paraguai

Priscilla Peres | 27/08/2014 15:45
Equipe está desde maio analisando a hidrovia do rio Paraguai. (Fotos: ITTI)
Equipe está desde maio analisando a hidrovia do rio Paraguai. (Fotos: ITTI)

A pedido da Diretoria Aquaviária do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) a UFPR (Universidade Federal do Paraná ) e o ITTI (Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura), estão realizando um estudo sobre a navegabilidade da Hidrovia do Rio Paraguai em mais de mil quilômetros de extensão, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

De acordo com o coordenador executivo do projeto Márcio Luiz Bitencourt, os estudos começaram em maio e a previsão é que a primeira fase dure um ano. "Estão sendo analisados dados básicos de navegabilidade, fluxo de carga, profundidade", explica. O objetivo é adequar a hidrovia e melhorar o transporte de cargas, desafogando as rodovias da região.

Na segunda fase são realizadas as sugestões de melhorias para navegação. "Essa hidrovia já é utilizada para o transporte de minério, mas a avaliação quer saber o que pode sair da rodovia para ser transportado pelo Rio, ampliando a navegação", conta o coordenador executivo.

De acordo com dados da AHIPAR (Administração da Hidrovia do Paraguai), mais de 6 milhões de toneladas de cargas são transportadas pela Hidrovia todos os anos, principalmente minérios de ferro e manganês a longa distância.
A bacia do Rio Paraguai é uma das hidrovias com melhores condições de navegação. Ela vai de Cáceres, em Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai. São 3.442 km que servem Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, dos quais 1.270 km ficam em território brasileiro.

Hidrovia vai de Cáceres no Mato Grosso até o Uruguai, passando por Mato Grosso do Sul
Hidrovia vai de Cáceres no Mato Grosso até o Uruguai, passando por Mato Grosso do Sul

Navegabilidade - O Rio Paraguai, nas épocas de cheias, é altamente viável para a navegação, entretanto, nos períodos de estiagem, ela fica comprometida com o aparecimento de bancos de areia. Deste modo, a expedição realiza a batimetria, que é a medição de profundidades mínimas ao longo do Rio e nos pontos críticos do rio.

“Pudemos perceber que o Tramo Norte está bem preservado e tivemos apenas dificuldade de navegação devido à presença de aguapés, conhecidos como camalotes, que encobriam todo o rio em uma extensão de aproximadamente quatro quilômetros. Esse fenômeno é conhecido na região como “entupimento””, conta o engenheiro civil da UFPR, Carlos Nadal.

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