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Economia

Iphan autoriza estudo de impacto arqueológico em novo corredor ferroviário em MS

A Nova Ferroeste é projeto dos governos de MS e PR, que irá ligar Maracaju até o Porto de Paranaguá

Silvia Frias | 17/02/2021 09:01
Linha em vermelho mostra traçado que terá a Nova Ferroeste no Estado (Infográfico: Thiago Mendes)
Linha em vermelho mostra traçado que terá a Nova Ferroeste no Estado (Infográfico: Thiago Mendes)

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) expediu autorização de avaliação do potencial de impacto ao patrimônio arqueológico na readequação do trecho ferroviário entre Maracaju e Paranaguá (PR).

O projeto de extensão da Ferroeste até Maracaju, batizado como Corredor Oeste de Exportação – Nova Ferroeste, é de responsabilidade da estatal Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.

A obra faz parte da extensão a Nova Ferroeste até Maracaju, distante 160 quilômetros de Campo Grande. O novo trecho de estrada de ferro vai abrir alternativa logística para escoamento da produção de Mato Grosso do Sul até o Porto de Paranaguá, destino de 30% da produção sul-mato-grossense exportada por mar.

Pelo Diário Oficial da União, consta que a arqueóloga Lilia Benevides Guedes irá coordenar a avaliação em trabalho previsto para durar 4 meses. Em Mato Grosso do Sul, a avaliação arqueológica será feita nos municípios de Amambai, Caarapó, Dourados, Eldorado, Iguatemi, Itaporã, Maracaju e Mundo Novo.

As autorizações para a execução dos projetos e programas relacionados na portaria não correspondem à manifestação conclusiva do Iphan para fins de obtenção de licença ambiental.

Projeto - O investimento está estimado em R$ 8 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões só com as obras em Mato Grosso do Sul. A construção do novo trecho deve gerar pelo menos mil empregos no Estado.

No dia 8 de fevereiro, as empresas responsáveis pelos estudos de viabilidade técnica e do impacto ambiental apresentaram resultados prévios das análises aos governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul.

A previsão é levar o projeto a leilão ainda neste ano na Bolsa de Valores (B3), após a conclusão estudo de viabilidade técnica e econômica, previsto para ser finalizado em setembro, e do estudo de impacto ambiental, que deve ser entregue em novembro.

De acordo com o estudo prévio, serão implantados 1.285 quilômetros de trilhos, incluindo também um ramal ferroviário entre Foz do Iguaçu e Cascavel, e nove terminais de carga entre os dois estados.

A ferrovia aproveita o traçado atual da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava, e moderniza a descida da Serra do Mar, cujo trecho usado atualmente foi construído ainda no século XIX. A previsão é movimentar, já no primeiro ano de funcionamento, até 40 milhões de toneladas por ano no chamado Corredor Oeste de Exportação, que vai até o porto, além de 10,6 milhões de toneladas anuais no terminal de Maracaju e 10 milhões de toneladas no de Cascavel.

Os terminais de carga estão previstos para serem instalados em Maracaju e Amambaí, no Mato Grosso do Sul e, no Paraná, em Guaíra, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Balsa Nova, Curitiba e no Porto de Paranaguá. São locais de grande zona de tráfego e de integração com outros modais logísticos, principalmente as rodovias.

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