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Economia

JBS diz que vai retomar abates, manter empregos e devolver verba a MS

Acordo foi firmado entre governo do Estado e representante da empresa

Mayara Bueno e Osvaldo Júnior | 20/10/2017 18:06
Governador Reinaldo (à esquerda), reunido com deputados e representante da JBS. (Foto: Edemir Rodrigues).
Governador Reinaldo (à esquerda), reunido com deputados e representante da JBS. (Foto: Edemir Rodrigues).

A JBS afirmou que vai retomar as atividades nas sete unidades, manter os empregos dos 15 mil funcionários e ressarcir o Governo de Mato Grosso do Sul. Este foi o resultado da reunião entre o chefe do Executivo estadual, Reinaldo Azambuja (PSDB), com o presidente nacional da Divisão de Carnes da JBS, Renato Costa, nesta quinta-feira, dia 20.

Conforme o representante da empresa, o abate nos sete frigoríficos - que está atualmente paralisado - será retomado na terça-feira, dia 24. A data foi definida para que a empresa consiga se organizar e planejar as escalas de trabalho a tempo.

O trabalho dos 15 mil funcionários também será mantido, assim como os investimentos que a indústria aplica em Mato Grosso do Sul e a compra de boi de produtores locais. Ao todo, são nove frigoríficos no Estado, dos quais sete operam.

Em contrapartida, o Executivo vai tentar desbloquear parte dos R$ 730 milhões retidos pela Justiça. A situação é justamente o motivo que gerou uma série de consequência, incluindo a suspensão das atividades.

Todos os termos discutidos serão levados à Justiça, segundo o governador. De acordo com os integrantes da reunião, a JBS se comprometeu a ressarcir valores a título de pagamento do que deixou de investir em contrapartida ao benefício que recebeu do governo.

Contudo, a verba ainda será definida por ambas as partes. A expectativa é que na segunda-feira, dia 23, o governo se reúna com seu setor jurídico para elaborar uma minuta com os pontos acordados hoje, para que seja levada ao Poder Judiciário.

A situação de hoje ocorre porque a empresa, após ter R$ 730 milhões bloqueados, a pedido da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga incentivos fiscais do Estado, suspendeu - desde terça-feira - o abate nas unidades que mantém em MS.

Em reação, os funcionários iniciaram protestos na Assembleia temendo desemprego e falta de pagamento de salário.

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