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Economia

MS vai terminar 2017 com a gasolina mais cara da história, mostra pesquisa

Valor médio está em R$ 4,02, aumento de 11,28% em 12 meses

Osvaldo Júnior | 10/12/2017 13:41
Atualmente, o condutor gasta mais de R$ 200 para encher o tanque; em 2001, primeiro ano da pesquisa da ANP, o custo era de R$ 92 (Foto: Marcos Ermínio)
Atualmente, o condutor gasta mais de R$ 200 para encher o tanque; em 2001, primeiro ano da pesquisa da ANP, o custo era de R$ 92 (Foto: Marcos Ermínio)

Mato Grosso do Sul vai fechar 2017 com a gasolina mais cara de sua história. O preço médio do combustível está em R$ 4,023, o maior valor de toda série da pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), iniciada em 2001. O ritmo de aumento do custo da gasolina é quatro vezes mais acelerado que o avanço da inflação. 

Na comparação com a média de dezembro do ano passado, de R$ 3,615, o preço do litro da gasolina disparou 11,28%. A variação é significativa em época de inflação com índices modestos. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de Campo Grande, acumulado em 12 meses, é de 2,67%, conforme divulgou na sexta-feira (dia 8) o IBGE (Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística).

Em toda série histórica da ANP, não há mês com média acima do patamar dos R$ 4. A pesquisa teve início em 2001. Em dezembro daquele ano, o produto custava a média R$ 1,84 em Mato Grosso do Sul. Na época, com menos de R$ 100 (precisamente, R$ 92), o condutor podia encher um tanque de 50 litros. Hoje, terá de desembolsar mais de R$ 200 (R$ 201,15) para comprar o mesmo volume de combustível. 

A disparada do preço da gasolina no Estado impactou o resultado do IPCA de novembro. A variação relativa ao preço do combustível foi 13,58% em um ano. Esse índice ficou abaixo apenas aos de Brasília (18,59%) e de Goiânia (14,61%).

Com a contribuição da gasolina, o transporte (7,52%) apresentou a maior alta em Campo Grande entre os grupos inflacionários. O município também teve, no geral, o quarto maior índice inflacionário, de 0,50%, entre as capitais.

A variação foi superada apenas pelos resultados de Goiânia (0,96%), São Paulo (0,58%) e Porto Alegre (0,55%). 

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