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Economia

MSGás questiona protesto e diz que privatização é 'incipiente'

Ricardo Campos Jr. | 03/10/2017 10:26
Funcionários da MSGás durante protesto nesta terça (Foto: Marina Pacheco)
Funcionários da MSGás durante protesto nesta terça (Foto: Marina Pacheco)

A MSGás classificou como “incipiente” o processo de privatização da companhia que motiva paralisação dos funcionários nesta terça-feira (3). Em nota encaminhada em resposta ao manifesto dos trabalhadores, a empresa voltou a dizer que a concessão à iniciativa privada ainda é incerta.

O comunicado diz ainda que aceitou a colaboração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para os estudos de viabilidade que podem culminar na venda de ativos, mas sem tomar nenhuma decisão nesse sentido.

Sobre o protesto, a nota diz que "o Governo do Estado respeita a legitimidade dos movimentos reivindicatórios, principalmente aqueles que prezam pelas atividades democráticas e pacíficas, respeitando o patrimônio público".

Esses estudos foram anunciados e começaram a ser feitos em julho, mas a paralisação foi organizada hoje em alusão Dia de Luta pela Soberania Nacional, feito em todo o país contrário às concessões de empresas públicas.

Os funcionários da companhia de gás se reuniram em frente da sede da empresa, na Avenida Ministro João Arinos, munidos com cartazes e distribuindo panfletos com balancetes de 2015 e 2016 que apontam lucro líquido de 154% e um crescimento acima de 40% na distribuição do gás natural. Embora os dados sejam antigos, o objetivo é mostrar a viabilidade econômica do negócio.

A organização do protesto previa seguir até a Assembleia às 9h30 para participar da sessão ordinária, onde representantes ocupariam a tribuna para questionar a privatização e expor os dados.

Tiago Andreotti é advogado e funcionário da MS Gás. Ele diz que os funcionários foram surpreendidos com o edital para estudo de privatização aberto em julho. “Esse processo, nós ficamos sabendo de um dia para o outro, com a publicação do edital. Não houve uma conversa”, pontua.

Ele procurou o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, para conversar sobre o assunto. O chefe da pasta teria dito que manter a MSGás sob o domínio público poderia ser inviável, já que o futuro do mercado do gás é imprevisível.

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