Países asiáticos e da Rota Bioceânica compraram 61% das exportações de MS
Vendas externas do Estado bateram recorde em 2023, rendendo o total de US$ 10,5 bilhões
Dos US$ 10,5 bilhões que as exportações renderam a Mato Grosso do Sul em 2023, mais da metade veio da venda de mercadorias aos países asiáticos China, Japão, Coreia do Sul, Vietnã e Indonésia, além de dois vizinhos da América do Sul que integrarão a Rota Bioceânica, a Argentina e o Chile. Esses sete mercados representaram 61% do faturamento.
Segundo divulgou hoje (11) o governo estadual, as vendas para esses países totalizaram US$ 6,4 bilhões. Em comparação ao que eles compraram em 2022, houve alta de 66%. O resultado era de US$ 4,2 bilhões e saltou em US$ 2,2 bilhões.
“Essas exportações seguiram basicamente pelos Portos de Santos e Paranaguá, mas esses números só demonstram a relevância e confirmam a importância da Rota Bioceânica para Mato Grosso do Sul", aponta Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A Rota Bioceânica é um conjunto de pontes e estradas em construção, que vai atravessar o estado de Mato Grosso do Sul, o Chaco paraguaio, as províncias do noroeste argentino e os portos do norte do Chile. Sua extensão permitirá conectar, via terrestre, os Oceanos Atlântico e Pacífico na América do Sul, facilitando o escoamento de mercadorias para a Ásia.
Quanto ao andamento das obras da Rota, Jaime acrescenta que "a expectativa é que, daqui a dois anos, parte dessas exportações já seja transportada pelos portos da costa chilena".
Recorde e produtos - As vendas externas sul-mato-grossenses atingiram recorde em 2023, de acordo com o titular da Semadesc. O superávit foi de US$ 7,5 bilhões, valor 54,3% superior ao verificado em 2022.
Os principais produtos exportados foram soja (1º) e celulose (2º). Eles são seguidos por milho, açúcar, farelo de soja, carne bovina e o minério de ferro.
A China segue como o principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, correspondendo a 43,4% do valor total das vendas externas feitas em 2023.
Destaque também vai para a Argentina, segundo maior parceiro comercial. Em 2023, o país aumentou em 265,6% suas compras em relação ao ano anterior, alta relacionada à forte seca enfrentada pelo país, que afetou mais da metade de toda a sua safra de grãos.
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