Pesquisa e planejamento? Veja como economizar na compra do material escolar
A economista comportamental, Andréia Saragoça ensina: para ter escolha, é preciso ter informação
Como fugir dos altos preços do material escolar neste período que antecede o início do ano letivo? Com diferença de valores que chegam a 1.000%, conforme pesquisa do Procon de Mato Grosso do Sul, é preciso suar a camisa e ter pelo menos três opções diferentes de orçamento para garantir uma compra mais em conta.
A economista comportamental Andréia Saragoça ensina: para ter escolha e poder economizar, é preciso ter informação e neste caso, saber o valor dos produtos em locais diferentes vai fazer a conta fechar menos no vermelho. “Se pesquisar, a pessoa consegue economizar, mas o que maioria faz? Chega na livraria e por comodidade, compra tudo ali mesmo”, o que segundo ela, não é adequado para o bolso.
A especialista comenta que se houver diferença de preço na pesquisa, pode compensar comprar os materiais escolares em lojas diferentes, daí, o caso será também de se programar para gastar o combustível de uma só vez, já que este também está caro.
“É possível comprar a mesma lista em lugares diferentes, mas precisa pesquisar, se organizar e pensar no combustível. Pensa o trajeto, e se for passar em algum local que fique perto da livraria, já passa lá e compra o que precisa”, avalia, enfatizando que o ideal é fazer pesquisa de preço em pelo menos três lojas diferentes.
Saragoça ainda afirma que não se pode fazer esse tipo de compra de última hora e que é preciso dar também uma olhada geral na lista de materiais para ver se o que a escola pede não é exagero.
Sobre compras em grupo, quando pais se juntam para comprar num mesmo lugar, a economista cita ser válido, mas ainda assim, cita que a pesquisa em diferentes livrarias precisa ser feita. “De que adianta ter desconto se o preço não for bom?”, questiona.
A dona de casa Claudia Marques está fazendo a compra de materiais escolares da pequena Maria Alice pela primeira vez. Para ela, o susto nos preços não foi tão grande, porque acredita que a escola não pediu uma lista muito extensa, mas nem por isso deixou de pesquisar os melhores valores, e claro, adotar uma diferenciação na hora da compra.
“O que for de uso coletivo, eu tento adquirir o mais em conta, o que for de uso individual, procuro comprar de uma qualidade melhor. Além disso, minha pesquisa foi via WhatsApp. A loja que achei mais em conta foi essa e, por esse motivo, decidi vir fazer todas as minhas compras aqui”, citou.
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Já a servidora pública Patrícia Rezende utilizou a estratégia de muitos outros pais, a de não levar as filhas na hora da compra do material escolar. Segundo ela, com as meninas no local, a pechincha não é com a loja, mas sim, com as duas.
“Uma das minhas filhas está indo para o ensino fundamental, portanto ela tem um pouquinho de noção o que é melhor e, por esse motivo, tenho comprado algo de melhor qualidade para ela. Já a menor, que está no maternal, como a exigência não é tão grande, tenho comprado o mais barato. Dessa forma, tenho tentado economizar, pois os preços estão elevados”.
A servidora também revelou que percorreu várias livrarias e avaliou o preço de todas. Ela pôde constatar o que o Procon tem alertado: que há muita diferença de preços de um mesmo produto de uma loja para outra.
“Eu pude ver pessoalmente que, dependendo da loja, um lápis era muito mais caro do que outro estabelecimento. Além disso, é o segundo ano que faço minhas compras nessa livraria, mas é sempre bom pesquisar e não se acomodar”, explicou.
Qualidade e planejamento – Andreia afirma que apesar da diferença de preços encontrada pelo Procon, os pais precisam ficar atentos à qualidade do produto a ser comprado, já que “o lápis pode ser preto na comparação, mas um quebra e esfarela ao ser apontado e o outro dura mais. Se não se consegue usar o produto, o dinheiro foi jogado fora”.
Além disso e por fim, sustenta que é preciso ter planejamento financeiro de um ano para o outro. “Se ano passado gastei R$ 200,00, por exemplo, sabendo que os valores estão pelo menos 30% mais caros este ano, sei que devo desembolsar cerca de R$ 260,00. É o máximo que eu posso gastar e é preciso se programar para não passar disso”.