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Economia

Petrobras anuncia fracasso na venda de usina de fertilizantes em MS

Negociações com o grupo russo Acron haviam sido retomadas e estavam adiantadas, porém, hoje, Petrobras divulgou fim das tratativas

Silvia Frias | 26/11/2019 09:32
Acordo previa retomada da usina, com término das obras para 2024 (Foto: Divulgação/Ministério do Planejamento)
Acordo previa retomada da usina, com término das obras para 2024 (Foto: Divulgação/Ministério do Planejamento)

Depois da anunciada retomada das negociações para a venda da fábrica de fertilizantes nitrogenados em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, a Petrobras anunciou oficialmente que a discussão com o grupo russo Acron fracassou.

Em nota sucinta, a Petrobras informou que a venda de 100% da sua participação acionária na Araucária Nitrogenados S.A (ANSA), no Paraná e da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), foram encerradas com a Acron “sem efetivação do negócio”.

Na nota, a Petrobras informa que permanece com posicionamento estratégico de “sair integralmente dos negócios de fertilizantes”, com objetivo de manter a “otimização do portfólio e a melhoria de alocação do capital da companhia”.

A retomada das negociações e o interesse manifestado pelo grupo russo Acron foram divulgados no início deste ano, causando grande expectativa no governo do Estado e em Três Lagoas, onde a fábrica foi instalada.

As tratativas se intensificaram a partir de julho deste ano, quando uma delegação do conglomerado russo se reuniu com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e demais integrantes do staff estadual –e, depois, com autoridades da União–, para debater temas como a transferência de incentivos fiscais da Petrobras para a Acron, considerados cruciais para o fechamento do negócio.

Naquele período, a negociação previa a isenção de pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pela importação de equipamentos usados nas obras e na venda da ureia a ser fabricada no local.

Naquele momento, ficou acertada a assinatura do contrato em agosto, com o início das operações previsto para 2024. No entanto, entraves burocráticos atrasaram a concretização do acordo, que estava previsto para o fim de outubro.

A venda era tida como praticamente certa, conforme declarações do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck que, embora previa atrasos, não tratava de desistência.

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