Planilha e organização financeira são saídas para ajudar pessoas endividadas
Em Campo Grande, 195.206 famílias estavam endividadas no mês de novembro
Em meio a tantas contas fixas no mês, a falta de organização pode ser um dos motivos para atrasar o pagamento e acumular ainda mais as dívidas. Além disso, exitem muitas outras razões pelas quais as pessoas deixam de pagar e têm o CPF negativado.
Conforme a última PEC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), em Campo Grande, 195.206 famílias estavam endividadas, em novembro. O cartão de crédito é o principal responsável pelas dívidas, acometendo 64,2% dos campo-grandenses; em seguida estão os carnês (21,2%).
O economista Eugênio Pavão aconselha que, primeiro, o consumidor identifique o que tem de dívidas. Para, então, começar a se planejar.
“O primeiro passo é fazer um diagnóstico das finanças, ou seja, levantar as despesas, dívidas e os juros. As contas com maiores juros têm que ter o máximo de atenção das pessoas, buscando eliminar ou reduzir essa condição. Buscar empréstimos com juros mais baixos e quitar as despesas com juros mais altos”, ressalta.
Depois, o segundo passo é anotar todas elas e detalhar cada gasto. “Detalhar, principalmente, os menores gastos, desde o cafezinho na padaria, até compra de guloseimas (balas, chicletes). Com isso, a pessoa tem a noção real das despesas mensais. Verificando as despesas com transportes, habitação, ensino, energia e comunicação, que tem forte participação no montante anual”, completa.
O terceiro passo indicado por ele é eliminar despesas fúteis ou desnecessárias, reduzindo gastos com lazer e viagens, por exemplo. Outra orientação é de acordo com Pavão, “se desfazer de bens para pagar dívidas com juros altos, é um sacrifício necessário”.
Por fim, ele aconselha até programar uma poupança de 8% da renda mensal, para chegar ao fim do ano com um 14° salário, chegando no próximo ano com alguma reserva.