Por gripe ou covid-19, bares registram até 20% de funcionários afastados
Entre dezembro e janeiro, ao menos 24% dos trabalhadores nesses espaços tiveram que ser afastados do serviço
Pesquisa nacional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) indica que entre dezembro e janeiro, ao menos 24% dos trabalhadores nesses espaços tiveram que ser afastados do serviço por apresentarem sintomas gripais. Em Mato Grosso do Sul não foi diferente.
Conforme o presidente Abrasel MS, Juliano Wertheimer, o percentual é semelhante, com registro que chega a pelo menos 20% de afastamentos. “Alguns empresários relataram que os afastamentos não afetaram o atendimento, outros, que optaram por reduzir o período de atendimento no salão”, comentou.
Em meio à pandemia de covid-19 e a proliferação da gripe H3N2, qualquer sintoma gripal é sinal de que é preciso ser afastado, mesmo que não haja confirmação dos casos. Apesar disso, para Wertheimer, isso causa “sobrecarga da equipe que permanece trabalhando, o que aumenta a busca por mão de obra temporária, a fim suprir as faltas”, disse.
A pesquisa nacional da Abrasel, que ouviu empresários em todo Brasil entre os dias 15 e 27 de janeiro, identificou também que entre 1,3 mil estabelecimentos, 76% tiveram ao menos um funcionário afastado por estarem contaminados com gripe ou covid.
“É uma força de trabalho que tem de ser coberta e isso pressiona mais os custos de um setor já muito endividado. No entanto, temos também o que comemorar, como a recuperação gradual do faturamento”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel no Brasil.
Recuperação – pela primeira vez desde o começo da pandemia, há mais estabelecimentos que apontaram ter obtido lucro (34%) do que os que disseram ter realizado prejuízo (31%) no período de um mês. Outros 34% ficaram em equilíbrio.
Para se ter uma ideia, esse indicador teve seu pior momento em março de 2021, quando 82% sinalizaram estar operando com prejuízo. O resultado de dezembro também foi melhor que o do mesmo período de 2020: dois terços (66%) tiveram faturamento maior no fim de 2021 em comparação com o ano anterior.
Já em relação a novembro de 2021, houve crescimento para 59% das empresas. No acumulado do ano, no entanto, há uma nota de preocupação: 45% dos empresários disseram ter ficado no prejuízo em 2021.