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Economia

Por gripe ou covid-19, bares registram até 20% de funcionários afastados

Entre dezembro e janeiro, ao menos 24% dos trabalhadores nesses espaços tiveram que ser afastados do serviço

Lucia Morel | 04/02/2022 18:41
Bar em Campo Grande lotado durante o periódo de pandemia. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Bar em Campo Grande lotado durante o periódo de pandemia. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Pesquisa nacional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) indica que entre dezembro e janeiro, ao menos 24% dos trabalhadores nesses espaços tiveram que ser afastados do serviço por apresentarem sintomas gripais. Em Mato Grosso do Sul não foi diferente.

Conforme o presidente Abrasel MS, Juliano Wertheimer, o percentual é semelhante, com registro que chega a pelo menos 20% de afastamentos. “Alguns empresários relataram que os afastamentos não afetaram o atendimento, outros, que optaram por reduzir o período de atendimento no salão”, comentou.

Em meio à pandemia de covid-19 e a proliferação da gripe H3N2, qualquer sintoma gripal é sinal de que é preciso ser afastado, mesmo que não haja confirmação dos casos. Apesar disso, para Wertheimer, isso causa “sobrecarga da equipe que permanece trabalhando, o que aumenta a busca por mão de obra temporária, a fim suprir as faltas”, disse.

A pesquisa nacional da Abrasel, que ouviu empresários em todo Brasil entre os dias 15 e 27 de janeiro, identificou também que entre 1,3 mil estabelecimentos, 76% tiveram ao menos um funcionário afastado por estarem contaminados com gripe ou covid.

“É uma força de trabalho que tem de ser coberta e isso pressiona mais os custos de um setor já muito endividado. No entanto, temos também o que comemorar, como a recuperação gradual do faturamento”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel no Brasil.

Recuperação – pela primeira vez desde o começo da pandemia, há mais estabelecimentos que apontaram ter obtido lucro (34%) do que os que disseram ter realizado prejuízo (31%) no período de um mês. Outros 34% ficaram em equilíbrio.

Para se ter uma ideia, esse indicador teve seu pior momento em março de 2021, quando 82% sinalizaram estar operando com prejuízo. O resultado de dezembro também foi melhor que o do mesmo período de 2020: dois terços (66%) tiveram faturamento maior no fim de 2021 em comparação com o ano anterior.

Já em relação a novembro de 2021, houve crescimento para 59% das empresas. No acumulado do ano, no entanto, há uma nota de preocupação: 45% dos empresários disseram ter ficado no prejuízo em 2021.

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