ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 34º

Economia

Produção de celulose em 2017 deve atingir 7 milhões de toneladas em MS

Com expansão da Fibria no quarto trimestre do próximo ano, crescimento será de 10,34% de produção

Renata Volpe Haddad | 20/12/2016 10:48
MS produziu 2,9 milhões de toneladas de celulose em 2016, o que corresponde a 17% da produção nacional. (Foto: Fibria/ Divulgação)
MS produziu 2,9 milhões de toneladas de celulose em 2016, o que corresponde a 17% da produção nacional. (Foto: Fibria/ Divulgação)

Com duas das principais fábricas de celulose da América Latina instaladas em Três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande, Mato Grosso do Sul produziu este ano 2,9 milhões de toneladas de celulose, mas com a expansão da Fibria, no quarto trimestre de 2017, a projeção é de que a fabricação aumente em até 300 mil toneladas, ou seja crescimento de 10,34%, atingindo 7 milhões de toneladas de celulose. 

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de Mato Grosso do Sul, Francisco Valério, com a conclusão dos projetos de expansão das duas principais empresas do segmento, Fibria e Eldorado, a produção de celulose sul-mato-grossense aumentará para cerca de 7 milhões de toneladas por ano.

“Esses números são positivos para as indústrias e também para o Estado. Eles representam geração de empregos, aumento na qualidade de vida dos profissionais que atuam no setor, qualificação de mão de obra e investimento social, dentre outros benefícios que reafirmarão a vocação de Mato Grosso do Sul como produtor de celulose e papel", alega.

Conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems, atualmente, Mato Grosso do Sul tem 30 empresas do segmento de papel e celulose em operação, que juntas empregam 3.515 trabalhadores. Cada funcionário ganha, em média, um salário mensal de R$ 3.349,00, sendo que, somente neste ano, o faturamento do segmento de celulose e papel no Estado atingiu a cifra de R$ 3 bilhões.

A Eldorado Brasil chegou a um milhão de toneladas de celulose exportadas em dezembro, por meio do terminal próprio no Porto Santos. (Foto: Eldorado/ Divulgação)
A Eldorado Brasil chegou a um milhão de toneladas de celulose exportadas em dezembro, por meio do terminal próprio no Porto Santos. (Foto: Eldorado/ Divulgação)

Eldorado exportação - A Eldorado Brasil chegou a um milhão de toneladas de celulose exportadas em dezembro, por meio do terminal próprio no Porto Santos, com a expedição de uma carga de cerca de 10 mil toneladas. Com isso, chega a 6 milhões de toneladas de celulose produzida pela fábrica. 

Segundo o diretor industrial da companhia, Carlos Monteiro, a fábrica está produzindo acima do previsto no investimento inicial. "Conseguimos produzir em ritmo de 1,7 milhão de toneladas por ano, comparado a uma capacidade inicial de 1,5 milhões de toneladas". 

Praticamente 90% de toda a produção da Eldorado segue para o mercado internacional, utilizando não apenas o Porto de Santos, mas também Paranaguá (PR), Itapoá (SC) e São Francisco do Sul (SC).

Com expansão da Fibria, capacidade de produção da fábrica deve atingir 3.25 milhões de toneladas por ano. (Foto: Fibria/ Divulgação)
Com expansão da Fibria, capacidade de produção da fábrica deve atingir 3.25 milhões de toneladas por ano. (Foto: Fibria/ Divulgação)

Terminal intermodal - Para atender o escoamento de produção de celulose da nova linha da Fibria, a empresa está construindo um terminal intermodal em Aparecida do Taboado que levará a carga para o Terminal de Macuco, no Porto de Santos, de onde será exportadas para Ásia, Europa e Estados Unidos.

O término das obras está previsto para julho de 2017 e o terminal intermodal integrando transportes rodoviário, ferroviário e portos, terá capacidade para escoar 1,95 milhões de toneladas de celulose por ano. A construção irá gerar 200 postos de trabalho durante o período de obras. Ao entrar em operação, o Terminal em Aparecida fortalecerá o corredor logístico do Centro-Oeste.

Segundo o diretor de engenharia da fábrica, Júlio Cunha, o terminal foi pensado para reforçar a agilidade no escoamento. "Ao investir na construção do Terminal Intermodal de Aparecida do Taboado damos mais um passo para reforçar o diferencial competitivo da Fibria em logística integrada às áreas de floresta e indústria, visto que o modal ferroviário representa maior atratividade econômica".

Nos siga no Google Notícias