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Economia

Indústrias de celulose iniciam obras e mercado imobiliário volta a crescer

Renata Volpe Haddad | 04/05/2016 14:28
Venda de imóveis também cresceu este ano e em março movimentou R$ 28 milhões. (Foto: Perfil News)
Venda de imóveis também cresceu este ano e em março movimentou R$ 28 milhões. (Foto: Perfil News)

A ampliação da Fibria e Eldorado, indústrias de celulose instaladas em Três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande, já impacta no aumento da procura por casas de aluguéis, que só em março cresceu 35%. Após um período de baixa, que começou com a paralisação da fábrica de fertilizantes da Petrobras em 2014, as novas obras voltam a aquecer o mercado imobiliário. 

De acordo com o proprietário da imobiliária Provenzano, Pedro Henrique Provenzano Batista, a ampliação das indústrias movimentou o setor no primeiro trimestre deste ano. "A procura maior são os imóveis de locação que cresceu em média 35%. Devemos muito a essas fábricas, pois isso tem ajudado o mercado imobiliário da cidade".

Segundo Provenzano, os contratos de aluguel são de 12 a 24 meses, período de duração das obras. "A média da ampliação das indústrias é de dois anos e os inquilinos querem contratos para este tempo", afirma.

Para o auxiliar administrativo da imobiliária Nova Casa, Marcelo Renato Rossi de Oliveira, após o ano ter começado com pouca movimentação no setor, a procura por casas de aluguel aumentou consideralmente nos últimos 30 dias. "Em janeiro e fevereiro, o mercado estava muito parado, mas agora em março e abril, a busca por casas de aluguel aumentou, devido a contratação de pessoas para a ampliação das indústrias de celulose".

O empresário Leonardo Caesar Mangialardo, possui 13 apartamentos para alugar. Destes, apenas três estão desocupados, mas já tem gente interessada. Conforme Mangialardo, a ampliação das indústrias tem ajudado no fechamento dos contratos.

"Desde o fim do ano passado as pessoas tem procurado os imóveis, mas era mais especulação. Agora já efetivei os contratos".

Ainda segundo o empresário, desde o meio do ano passado, o mercado estava desaquecido, devido a uma queda no movimento da cidade. "Em 2015 estava com muitos apartamentos desocupados e decidi abaixar os preços para atrair o público e diminui também para os inquilinos, mas agora com essa procura maior, tive que aumentar um pouco o preço do aluguel".

Procura por casas de aluguel cresceu 35% no primeiro trimestre deste ano. (Foto: Ricardo Ojeda/ Perfil News)
Procura por casas de aluguel cresceu 35% no primeiro trimestre deste ano. (Foto: Ricardo Ojeda/ Perfil News)

Vendas em alta – De acordo com o Núcleo de Pesquisas Econômicas da Prefeitura de Três Lagoas, a movimentação imobiliária cresceu 31,3% em março em comparação com fevereiro, atingindo a marca de R$ 28 milhões em transações.

O fato deve-se aos registros das unidades habitacionais localizadas no Residencial Orestinho. Para a liberação dessas residências populares foram registrados nos dois primeiros meses deste ano.

Conforme a pesquisa, os valores movimentados nas transações imobiliárias por programas habitacionais, como Minha Casa Minha Vida, somou em janeiro R$ 19 milhões e cresceu em fevereiro 78,1% saltando para R$ 34,1 milhões.

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