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Economia

Protesto na Afonso Pena alerta sobre atrasos no "Minha Casa, Minha Vida"

Construtores e corretores afirmam que pelo menos 150 contratos estão parados em Campo Grande

Marta Ferreira | 10/09/2019 13:22
Manifestantes percorreram trecho entre a Praça do Rádio e agência da Caixa, na Avenida Afonso Pena. (Foto: Divulgação)
Manifestantes percorreram trecho entre a Praça do Rádio e agência da Caixa, na Avenida Afonso Pena. (Foto: Divulgação)

Grupo de cerca de 200 corretores de imóveis e construtores fez protesto na manhã desta terça-feira (10) em Campo Grande, como prometido desde a semana passada. Com faixas cobrando liberação de recursos do projeto “Minha Casa, Minha Vida”, eles foram da Praça do Rádio Clube até a agência da Caixa na Avenida Afonso Pena.

O objetivo do protesto foi alertar para a paradeira no mercado de imóveis, em razão da suspensão nas liberações de subsídios do “Minha Casa, Minha Vida” aos clientes.

Dados divulgados pelo setor indicam que, na cidade, ao menos 150 contratos estão parados, há cerca de dois meses, aguardando liberação da Caixa.

Na semana passada, o governo federal anunciou repasse de mais de R$ 400 milhões para a linha de financiamento de moradia popular. Mas segundo os manifestantes, ainda não houve assinatura de contratos.

“Abracei a causa pois estou vendo a dificuldade dos construtores e suas famílias, dos corretores que só vendem MCMV [Minha Casa, Minha Vida]”, afirma uma das organizadoras do protesto, a corretora de imóveis Andreia Camargo. “Uma cadeia envolvida economicamente está muito prejudicada”, afirma ela, que também é vice-presidente do Sindimóveis (Sindicato dos Corretores de Imóveis).

De acordo com ela, o mercado precisa que seja liberado o subsídio para os compradores. “Só assim serão assinados os contratos que já estava prontos há meses”. O atraso, segundo a corretora, está afetando a subsistência das famílias.

Os profissionais da área afirmam que, além de trazer prejuízos financeiros para construtores e corretores, a demora pode atrasar o processo de compra de imóvel.

De acordo com eles, se demorar muito mais tempo, pode vencer o prazo de certidões, que custam mais de R$ 100 e, até mesmo a análise de crédito do cliente, que só pode ser refeita em 120 dias, explica Andreia.

O assunto vai ser tratado em Brasília, em reunião de representantes do setor com o secretário nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, Celso Matsuda.

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