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Economia

Reajuste pedido pela Enersul é desestímulo, avalia presidente da Fiems

Marta Ferreira | 15/03/2011 08:49
Reunião ontem na sede da Fiems. (divulgação)
Reunião ontem na sede da Fiems. (divulgação)

O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, defendeu, nesta segunda-feira,ao participar de reunião ordinária do Concen (Conselho de Consumidores da Enersul), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, preços menores para tarifa de energia elétrica no Estado, para que o pagamento seja acessível a todas as categorias de consumidores. Para ele, estes e outros aumentos em serviços e impostos são um desestímulo à atividade econômica.

“A Fiems sempre lutou contra o alto custo da energia elétrica em Mato Grosso do Sul e, portanto, não poderia concordar com o índice que vem sendo pleiteado pela Enersul”, afirmou, sobre o fato de a empresa ter encaminhando documentação propondo reajuste de 19,35%, em média, à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Na avaliação do presidente da Famasul, a pressão que vem sendo feita sobre o setor produtivo e a população, com seguidos tarifaços, como o do IPTU, por exemplo, é um desestímulo. “O impacto desse índice solicitado pela Enersul no bolso dos consumidores vai ser muito grande”, alertou. “Por isso mesmo, a Fiems já articula parcerias com a Assembléia Legislativa e bancada federal do Estado para estabelecer uma tarifa que seja economicamente viável”, pontuou.

Comparação-O percentual de aumento da tarifa solicitado pela empresa é superior ao do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que no acumulado nos últimos 12 meses está em 6,01%.

O deputado estadual Paulo Corrêa, primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, que também participou da reunião do Concer realizada na Enersul, disse que os consumidores de energia elétrica do Estado não suportam mais o alto custo da tarifa. “Trata-se de um fardo pesado que o setor produtivo e a população em geral têm carregado e, portanto, também não podemos concordar com o índice de reajuste proposta pela Enersul”, disse apoiado pelo atual presidente do Concen, Edison Araújo, presidente da Fecomércio.

O vice-presidente da Enersul, Cyro Vicente Boccuzzi, admitiu aos participantes da reunião que o índice médio de reajuste de 19,35% é um estímulo à inadimplência, porém, não tem como deixar de cumprir os cálculos elaborados pelos técnicos. “Nosso encaminhamento à Aneel não é um pedido, trata-se de mais uma etapa que faz parte do rito de adequar a tarifa à realidade”, declarou durante a reunião do Concen.

Durante a reunião do Concen, uma equipe da Enersul detalhou que o reajuste médio de 19,35% é composto por 8,31% referente ao reajuste econômico, 5,77% de componentes financeiros, já incluídos os 3% referentes à tarifa social dos consumidores de baixa renda, e 5,27% relativo à devolução feita aos consumidores até o ano passado por cobrança abusiva.

A Aneel deve definir qual o índice a ser aplicado até o próximo dia 7 de abril para que entre em vigor no dia 8 de abril.

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