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Economia

Reajustes da Petrobras deixaram gás de cozinha 50% mais caro este ano

Empresários não repassaram integralmente os aumentos para não perder os clientes

Ricardo Campos Jr. | 13/10/2017 09:34
Gás de cozinha vendido em uma empresa em Campo Grande (Foto: André Bittar)
Gás de cozinha vendido em uma empresa em Campo Grande (Foto: André Bittar)

Os reajustes aplicados pela Petrobras no gás de cozinha em 2017 acumulam alta de 50,9% no valor cobrado para as distribuidoras. O aumento mais recente foi anunciado nesta semana pela estatal (12,9%), que começou a valer na quarta-feira (11) e pode fazer o preço do botijão chegar a R$ 81 em Campo Grande.

A companhia já mexeu no preço do combustível sete vezes durante o ano. A primeira delas em março, de 9,8%. Nessa época, o produto em Mato Grosso do Sul custava em média R$ 62, embora em alguns municípios pudesse ser achado mais barato, por R$ 45.

No dia 7 de junho a Petrobras resolveu aumentar ainda mais o valor do gás de cozinha, em 6,7%. No dia 4 de julho fez o contrário e descontou R$ 4,5% no valor cobrado para as distribuidoras.

Em agosto a estatal voltou a elevar o preço do produto, em 6,9%. Já o mês de setembro foi marcado por dois aumentos, um de 12,2% que passou a valer no dia 6 e outro de 6,9% que entrou em vigor no dia 26.

Na prática, nem sempre as correções da Petrobras incidem totalmente no valor que os consumidores pagam. As revendedoras compram o gás mais caro das distribuidoras, mas os empresários muitas vezes reduzem a margem de lucro para não ter de repassar todo o reajuste para não correr o risco de perder os clientes.

Essa decisão normalmente é tomada de acordo com uma série de fatores, como por exemplo a concorrência na região em que ela atua e a forma de entrega do produto, que sai mais barato se retirado diretamente pelo cliente na loja.

Levando isso em consideração, e tomando por base as pesquisas de preço da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o botijão encareceu 14,48% no bolso dos sul-mato-grossenses desde março.

Conforme o levantamento mais recente feito pelo órgão, o produto custava em média R$ 70,98, embora em alguns municípios do estado ele já era achado por R$ 85, o que não era o caso de Campo Grande, onde o preço máximo do produto era R$ 76,30 na semana passada.

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