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Economia

Sem titular na Sedesc, geração de empregos despenca 62% na Capital

Nícholas Vasconcelos | 18/04/2013 07:23
Sem secretário de Desenvolvimento, prefeitura vê cidade reduzir ritmo na criação de novos empregos (Foto: Arquivo)
Sem secretário de Desenvolvimento, prefeitura vê cidade reduzir ritmo na criação de novos empregos (Foto: Arquivo)

Sem a atuação mais presente da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio), Campo Grande criou 1.004 empregos a menos este ano e despencou no ranking de contratações do Estado. Houve redução de 62% na criação de novos postos de trabalho, de 18 novas vagas por dia, para apenas quase sete (6,8) neste ano.

Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no primeiro trimestre deste ano o saldo de empregos foi de 614 vagas enquanto no mesmo período do ano passado foram contratadas 1.618 pessoas.

A cidade também caiu no ranking da geração de empregos medido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que monitora a situação do mercado em cidades com mais de 30 mil habitantes.

Nos dois primeiros meses do ano passado, a Capital apareceu em primeiro lugar nas contratações, com saldo positivo de 726 e 617 postos de trabalho, respectivamente. No mês de março, houve queda e a cidade passou a ocupar o quarto lugar ao atingir 337 vagas.

Em 2013, a situação mudou e Campo Grande começou o ano com o saldo negativo de 426 empregos e o último lugar nas contrações com carteira de trabalho assinada. No mês de fevereiro, a situação melhorou com o saldo positivo de 415 contratações, mas permaneceu em terceira coloção.

Já no mês de março, o Caged registrou saldo positivo de 199 vagas, mas a cidade perdeu para Três Lagoas, Dourados, Nova Andradina e Naviraí na geração de empregos.

Três Lagoas foi o município campeão na criação de empregos este ano, liderando todo o primeiro trimestre com saldo positivo de 2.240 contratações. Para o secretário de Governo do município, Walmir Marques Arantes, as contratações são resultado de um trabalho eficiente da prefeita Márcia Moura (PMDB), com os secretários e a Câmara de Vereadores.

“A Prefeita faz um compromisso com os empresários, que fazem as solicitações, e que são encaminhadas para a Câmara e se não na mesma semana, ou na semana subsequente, e eles saem com tudo aprovado”, explicou.

O secretário considera que há o trabalho ágil em parceria com a Câmara, para que os empresários se instalem no município. “Investidor sai com a impressão positiva, sem dúvida que Três Lagoas é o melhor lugar para investir”, revela.

Em Campo Grande, a Sedesc está sem um secretário específico e o prefeito Alcides Bernal (PP) diz que administra a pasta pessoalmente. Em entrevista a TV Morena, o administrador disse que a área de investimentos do município está em plena atividade.

No entanto, funcionários passam o dia vagando e sem ter ocupação na secretaria, que fica no Paço Municipal. Nem projetos de investimento eles estão autorizados a receber, já que o prefeito não realizou reunião para dividir as tarefas. "Estamos sem fazer nada, perdidos", lamentou uma funcionária, que pediu para não ser identificada.

Para o vereador Edil Albuquerque (PMDB), que esteve à frente da secretaria nos últimos da administração Nelson Trad Filho (PMDB), sem atenção para o programa de Desenvolvimento a cidade vai continuar perdendo vagas.

Ele explicou que cinco supermercados interessados em se instalar na Capital não começaram a operar porque não há atendimento especializado. “São quase 1,2 mil empregos com carteira assinada e falta interlocução”, revelou.

Albuquerque explicou que a Capital disputou com outras 12 cidades para receber uma central de telemarketing de uma empresa de tecnologia. Na fase final da concorrência, Campo Grande estava ao lado de Ribeirão Preto (SP) e Vitória (ES), mas conquistou a vaga e criou 200 empregos. “Se não tivéssemos a secretaria, com disponibilidade, não teríamos o resultado que tivemos”, disse.

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