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Economia

Status de área livre de aftosa é fruto de anos de ações, diz diretor da Iagro

Luciano Chiochetta participa em Paris de ato que entregou ao ministro Blairo Maggi documento que certifica o Brasil como área livre com vacinação

Humberto Marques | 24/05/2018 18:51
Chiochetta e outras autoridades brasileiras acompanharam entrega de certificado da OIE ao Brasil. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Chiochetta e outras autoridades brasileiras acompanharam entrega de certificado da OIE ao Brasil. (Foto: Divulgação/Assessoria)

O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Luciano Chiochetta, participou nesta quinta-feira (24) em Paris, na França, da solenidade de entrega às autoridades brasileiras do certificado que reconhece o Brasil como país livre da febre aftosa. O documento foi concedido pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e, para Chiochetta, significa o reconhecimento da dedicação de pecuaristas e do setor veterinário oficial brasileiro.

“Um reconhecimento aos 50 anos de trabalho do serviço veterinário e dos produtores rurais brasileiros”, afirmou o diretor da Iagro. O certificado atesta que a aftosa foi controlada no Brasil por meio de vacinação –com exceção de Santa Catarina, que desde 2007 tem o status sanitário sem imunização.

Segundo o diretor, o próximo desafio para o Brasil é o enfrentamento da etapa final do processo de erradicação da doença, obtendo o status de país livre sem vacinação. “Os avanços na prevenção, vigilância e rápida resposta a qualquer emergência estão entre nossas prioridades. O governo de Mato Grosso do Sul está atento e, junto do setor privado, vem cumprindo o seu papel com investimentos e um trabalho que já se tornou modelo para todo o país”, pontuou Chiochetta.

O diretor da Iagro foi a Paris participar da programação da 86ª Sessão Geral da OIE, acompanhado do presidente do CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul), João Vieira de Almeida Neto.

Mercados – O documento da OIE foi entregue ao ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que também destacou esforços do poder público e da inciativa privada, bem como a perspectiva de ampliação de mercados para as carnes bovina e suína do Brasil com a certificação.

“A partir desse reconhecimento, o Brasil tem novo status no mercado mundial e poderá acessar mercados que ainda estão fechados”, considerou Maggi, colocando países asiáticos como novos alvos para a pecuária. “Não era possível, até agora, por exemplo, exportar para a China carne que contém osso”, disse, lembrando que sem o status de área livre alguns países restringem também a compra de carne suína.

O Mapa avalia que, até 2023, poderá ser possível cessar a vacinação contra a aftosa no Brasil. A retirada da imunização deve começar já no ano que vem. “Temos esse cronograma definido em função do fluxo de animais, porque uma vez declarado o Estado como zona livre, não é possível transitar mais por ele com animais procedentes de outro com situação diversa. E também há atuação nas fronteiras, desde a Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, países com os quais há um programa conjunto”, disse Maggi.

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