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Economia

Transporte de cargas ficou 32% mais caro com interrupção de hidrovia

Caroline Maldonado | 27/06/2014 08:28
A hidrovia movimenta por mês até 1 milhão de toneladas de soja, milho, farelo de soja e celulose (Foto: Informativos dos Portos)
A hidrovia movimenta por mês até 1 milhão de toneladas de soja, milho, farelo de soja e celulose (Foto: Informativos dos Portos)

A interrupção da navegação na hidrovia Tietê-Paraná, iniciada em 6 de maio, encareceu o transporte de cargas em 32%, que agora está sendo feito apenas por rodovias. A paralisação na hidrovia ocorre desde que as usinas de Três Irmãos e Ilha Solteira passaram a gerar mais energia, reduzindo o nível dos lagos, que são interligados pelo Canal Pereira Barreto.

A hidrovia movimenta por mês até 1 milhão de toneladas de soja, milho, farelo de soja e celulose. Preocupado com a retomada da navegação, o diretor da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Adalberto Tokarski, se reuniu com o secretário executivo, Anivaldo Vale, no Ministério dos Transportes, para debater o assunto.

Em seguida, o diretor da Antaq se reuniu com representantes do Ministério dos Transportes e Agência Nacional de Águas, mas ainda não foi encontrada uma solução para o empasse. “A preocupação da Diretoria da Antaq é com o uso múltiplo das águas”, afirmou Adalberto.

Segundo Adalberto, a agência pretende se reunir com outros órgãos do Governo Federal, representantes do setor elétrico e da iniciativa privada para resolver o problema, o mais rápido possível.

Prejuízos – Em 2001 ocorreu o mesmo problema que prejudicou o transporte dos produtos que são comercializados no país e também exportados, de acordo com o consultor de agronegócio, João Pedro Cuthi Dias.

Segundo João Pedro, uma indústria de celulose com instalação em Três Lagoas, recentemente, passou a usar a hidrovia Tietê-Paraná. “É uma pena que o Mato Grosso do Sul ainda não tenha acordado para a importância das hidrovias, porque é um meio muito mais eficiente no transporte de produtos”, destaca.

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