Último onda gelada limpou estoque e pouca roupa pesada sobrou para mais frio
Comerciantes reclamam que até venderiam mais se ainda tivessem estoque reforçado na Capital
Entre os comerciantes, há quem não acredite que as baixas temperaturas aqueçam as vendas. “Por conta da última onda de frio, as pessoas buscaram bastante por cobertores e roupas de frio, por isso, agora, acredito que não haja nem reposição de estoque e nem aumento na procura. Os que procurarem, serão aqueles que não compraram na última onda", observa a vendedora Cristina Mainate, de 34 anos.
Mas o gerente comercial Mayson Ponce Emiliano, de 35 anos, vê sim na nova temporada de frio uma possibilidade de vender mais. O problema também é o estoque baixo. "Frio aqui é algo que passa muito rápido, é um período muito curto. Adoraria ter um estoque maior, acredito que venderíamos bastante nesta semana. A procura foi muito grande, mas agora só restam peças mais leves, para temperaturas mais amenas”, lamenta em tom de bom humor ao mostrar-se satisfeito com as vendas das últimas semanas.
Com nova frente fria e a possibilidade de temperaturas tão baixas, como há muito tempo não se vê por essas bandas, opiniões se dividem entre os que se mostram descrentes e os que se preparam para aquele que chegou a ser chamado de “o frio do século”.
Nas ruas do centro de Campo Grande, Dona Petronilia Garcete (65) caminhava tranquilamente no início desta semana. Quando perguntada sobre a assombrosa onda de frio, com cara de espanto, a aposentada foi categórica em afirmar não acreditar que chegue com tanta força por aqui. “Campo Grande é terra quente. Pode até esfriar, mas não com essa intensidade”, cravou ela.
Já a estudante Geovana de Oliveira (19) não duvida e se diz preparada para enfrentar a nova queda nas temperaturas. “Acredito sim que essa onda venha. Não comprei nenhum casaco pesado porque já tinha bastante coisa no armário mas, se vier, estarei preparada”, afirma a moça.