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Economia

União determina leilão de terras para compra de área para índios em MS

Zana Zaidan | 02/11/2013 17:45

A Superintendência do Patrimônio Público da União em Mato Grosso do Sul, determinou o leilão de duas áreas do estado para que o dinheiro seja utilizado na compra de terras para os indígenas Atikum, etnia que vive em Nioaque, a 179 quilômetros de Campo Grande, junto com índios Terena.

A determinação foi feita por uma portaria publicada no dia 25 no Diário Oficial da União, assinada pelo superintendente da SPU/MS, Mário Sérgio Sobral Costa.

Conforme a publicação, duas terras que equivalem a 251,8 hectares no município de Caracol deverão ser leiloadas. A área passou a ser da União no dia 7 de agosto de 2001, porque o antigo dono tinha dívidas com o governo federal. As terras estão avaliadas em R$ 679,899 mil, conforme o Sistema Integrado de Administração Patrimonial.

A portaria autoriza permuta entre a União e a prefeitura de Nioaque, que deve fazer o leilão e com o dinheiro comprar terras para os Atikum, que vivem em área junto com indígenas da etnia terena. Caso o montante arrecadado com o leilão seja superior ao valor da área comprada, o que sobrar deverá ficar com a União.

A prefeitura de Nioaque tem três anos para efetivar todos os trâmites e, em caso de não cumprimento, o poder público municipal perde o direito sobre as áreas.

Conflito agrário - A determinação foi feita dois meses após o governo federal apontar como solução para os conflitos indígenas em Mato Grosso do Sul a compra de terras dos proprietários pela União.

Ainda não houve acordo sobre o tema e, segundo a Famasul (Federação da Agricultura de MS), 79 propriedades continuam invadidas por indígenas no estado.

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