Corante “pantaneiro” e startup com 145 costureiras: destaques da inovação em MS
Os projetos são da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia
Em terceiro lugar no cenário nacional em número de empreendimentos inovadores em relação à sua população, Mato Grosso do Sul tem destaques como corante extraído de micro-organismo do Pantanal e startup que gera oportunidades para 145 costureiras. Conforme o portal de notícias do governo do Estado, MS fica atrás somente do Rio Grande do Sul e Rondônia.
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Mato Grosso do Sul se destaca como o terceiro estado brasileiro em número de empreendimentos inovadores por habitante, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul e Rondônia. Entre as inovações, destaca-se um corante vermelho natural, desenvolvido a partir de microrganismos do Pantanal, que oferece vantagens como intensidade de cor e estabilidade, sendo aplicável nos setores alimentício, cosmético e têxtil. Além disso, a startup "República das Arteiras", que conecta 145 costureiras, exemplifica o apoio a empreendimentos inovadores por meio de programas como Tecnova e Centelha, da Fundect.
Os dados são do CLP (Centro de Liderança Pública) . Na classificação, foram observados o número de aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e parques científicos vinculados à Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) para cada 1 milhão de habitantes.
Farmacêutica e professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a pesquisadora Denise Bretan é uma das responsáveis pela Arandu Biotecnologia, que inova ao desenvolver um corante vermelho intenso, natural, obtido com tecnologia limpa, seguro à saúde e de origem pantaneira.
A substância vermelha produzida pelo microrganismo encontrado no Pantanal tem vantagens em relação a outros corantes: cor intensa, estabilidade e solubilidade. Características que o projeta para os mercados alimentício, cosmético e têxtil.
“Ele vem sendo aplicado para os mais diferentes mercados, justamente porque eu consigo fazer isso aqui, que é cultivar em laboratório. Eu não preciso plantar, não preciso ter uma área”, explicou Denise. A iniciativa faz parte do programa Tecnova.
Noutra frente, o Centelha estimula a criação de empreendimentos inovadores. Um exemplo é a startup “República das Arteiras”. O projeto foi iniciado por Ivani Grance, antropóloga, empreendedora e educadora social.
O grande investimento do grupo aconteceu na época da pandemia e, atualmente, a plataforma do projeto conta com 145 costureiras em Campo Grande e em Pernambuco.
Os programas Tecnova e Centelha são da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia).
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