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Educação e Tecnologia

Em encontro com Lula, MS se destaca como referência em prevenção de ataques

Governadores de outros estados visitarão estruturas sul-mato-grossenses para replicar ações de paz nas escolas

Gabriela Couto | 18/04/2023 14:38
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou reunião com chefes dos Três Poderes, governadores e ministros, para debater formas de reforçar a segurança no ambiente escolar após os episódios de violência em Blumenau (SC) e em São Paulo (SP) nos últimos dias. (Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou reunião com chefes dos Três Poderes, governadores e ministros, para debater formas de reforçar a segurança no ambiente escolar após os episódios de violência em Blumenau (SC) e em São Paulo (SP) nos últimos dias. (Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil)

Mato Grosso do Sul se destacou como referência no enfrentamento à violência nas escolas em comparação com outros estados. A constatação ocorreu durante o encontro promovido pelo governo federal, na manhã desta terça-feira (18). Na oportunidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu ministros, parlamentares, governadores e secretários de Educação para tratar do assunto.

De acordo com o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), que representou o Estado, a reunião foi positiva. “Nos tranquilizou muito ver que o Mato Grosso do Sul está à frente das medidas de segurança apresentadas. O que está pensando para o país, nós já começamos”, destacou.

Também foi ressaltado o trabalho de inteligência no monitoramento e controle das redes sociais. “Precisa ter um envolvimento maior dos cuidados com drogas e doenças psicológicas. Ficou bem claro que sem a atuação da família fica absolutamente impossível prevenir ataques”, completou o vice-governador.

O governo federal anunciou um programa de fomento para implementação de ações integradas de proteção ao ambiente escolar. As medidas somam R$ 3,115 bilhões para infraestrutura, equipamentos, formação e, principalmente, apoio e implantação de núcleos psicossociais nas escolas.

Vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), ao lado do secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, no Palácio do Planalto. (Foto: Reprodução/Instagram)
Vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), ao lado do secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, no Palácio do Planalto. (Foto: Reprodução/Instagram)

Conforme o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, parte do recurso se deve ao adiantamento do valor previsto para o segundo semestre de um programa que repassa recurso direto para as escolas.

“Com a autorização do governo federal, a partir de agora, esses recursos poderão ser usados para custeios com medidas de proteção à violência. Já determinei na secretaria que faça um levantamento do que tem de recurso parado no programa para garantir essa antecipação”, explicou.

Daher também saiu da reunião feliz com o exemplo que o Estado tem dado aos demais entes federativos. “O Mato Grosso do Sul está bem avançado nas ações que o governo federal propôs. As orientações passadas, nós já fizemos. Fomos convidados a receber visitas de outros governadores para analisar o que estamos fazendo aqui para ser replicado”, destacou.

"Não vamos transformar escolas em prisão", disse presidete Lula durante encontro para promover a paz nas escolas. (Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil)
"Não vamos transformar escolas em prisão", disse presidete Lula durante encontro para promover a paz nas escolas. (Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil)

Para o presidente Lula, todos devem assumir sua responsabilidade no processo educacional das crianças e adolescentes. Ele acredita que as plataformas digitais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo que ajudam a disseminar.

“Não é possível que eu possa pregar o ódio na rede digital, que possa ficar fazendo propaganda de arma, ensinando criança a atirar, é isso que vemos todo santo dia. A verdade é que uma criança de 6 anos, 9 anos, ela repercute na escola o que ela ouve dentro de casa”, disse, destacando que o PNE (Plano Nacional de Educação) prevê que a comunidade tem que assumir responsabilidade pelo que acontece nas escolas.

A ideia é criar estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais e de combate aos discursos de ódio e ao extremismo. Ele também afirmou ser contra elevar muros e instalar detectores de metais nas escolas.

“Não vamos transformar as escolas em prisão de segurança máxima, que não é a solução. Nem tem dinheiro para isso e nem é politicamente correto, humanamente e socialmente correto”, disse.

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