Sem salas de aula, crianças pantaneiras terão de estudar em containers
Medida irá solucionar falta de infraestrutura por 12 meses para atender 101 estudantes no Pantanal
A Prefeitura de Corumbá abriu licitação para alugar containers modulares habitáveis para utilizar de forma provisória como sala de aula para 101 alunos das escolas municipais rurais Paiolzinho e Monte Azul, no Pantanal. Os interessados têm até 17 de novembro para apresentar as propostas.
As unidades improvisadas deverão funcionar durante 12 meses, ou seja, até o final do segundo semestre do ano que vem. Em nota, a Secretaria Municiál de Educação explicou que a medida é a única forma de solucionar a falta de alojamento adequado para os estudantes.
“Os módulos são a melhor e, deve-se registrar, a única solução encontrada, sendo, portanto, essenciais para viabilizar o ano letivo de 2023 e parcialidade de 2024, de forma para abrigar as turmas dos alunos que estão desalojadas e utilizando espaços inadequados a aprendizagem e expostos às condições climáticas”, justificou em nota o município.
Os alunos estão em locais parcialmente abertos e recebem diretamente as incidências de raios solares, ventos e chuvas, além de ficarem vulneráveis a ações de mosquitos e outros insetos.
“Os módulos são os únicos que permitem a logística capaz de assegurar o pleno funcionamento da estrutura escolar e técnico-administrativa das escolas, uma vez que estas permanecem no mesmo espaço físico, sem fragmentação ou descontinuidade. As condições de riscos da estrutura física dos blocos avaliados em laudo de engenharia, com a consequente interdição dos mesmo e ainda a previsão de obra de reforma geral das unidades escolares, fazem com que seja necessária e urgente a realocação desses 101 alunos”.
A pasta ainda reforçou que não há imóvel com estruturas adequadas nas proximidades, e “deslocar os alunos para outra unidade educacional seria dispendioso e prejudicial dadas as grandes distâncias”.
O pedido dos containers foi também uma reivindicação de quase totalidade dos alunos, técnico administrativos e professores. Eles fizeram manifestações explícitas de defesa dos módulos como a melhor solução, uma vez que eles possibilitam a manutenção das demais estruturas existentes na escola, bem como problemas com manutenção e logística, que poderiam prejudicar ou inviabilizar as aulas.
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