Asfalto remendado ganha de todos defeitos na opinião do campo-grandense
Independente de ser periferia ou região central, “desagrados” acabam atrapalhando cenário ideal
Nesta sexta-feira (11), o Campo Grande News questionou se a quebra da estética urbana vem com asfalto remendado, calçadas destruídas ou emaranhado de fios nos postes. Unindo os problemas que acabam sendo consequência da “feiura”, para 49% dos leitores o asfalto remendado é o que mais contribui para um cenário desagradável.
Já o segundo e terceiro lugar ficaram empatados, com 25,5% dos votos. Neste ano, fiação baixa e emaranhada foi tema de reportagem por aqui, mostrando como o problema acaba trazendo transtornos variados.
Parte da maioria, Douglas Lima explica que o pior das três opções é o asfalto remendado. A justificativa é que o aspecto tira o “ar” de capital em Campo Grande. Compartilhando o mesmo pensamento, Isaely de Alencar Rosa brinca que a cena desagradável vem de perto, “as crateras que tem em frente da minha casa”.
Entre outros exemplos, Elisama Saab citou que asfaltos desgastados são uma das fontes de tristeza para quem deseja viver em um local mais bonito. "Asfaltos esburacados, bairros sem asfalto, beiras de córregos cheias de mato", diz.
Seguindo o pensamento, Silvania Oliveira diz que justamente buracos em avenidas e ruas, pavimentação e cascalhamento deveriam ser mais enxergados como foco de atenção.
Dividida entre as opções, Tatiana Lopes, de 30 anos, conta que se pudesse escolher algo para mudar o visual da cidade, seriam asfalto e calçadas. “O asfalto desse jeito pela cidade toda é feio, mas as calçadas também são bem ruins. Estragam a beleza”, diz.
Concordando com a necessidade de melhorar calçadas, Vanilda Yared conta que já chegou a se machucar caindo ao passar por lugar desnivelado. Sandra Maia comentou que, para ela, cada proprietário precisa focar em manter a área adequada.
A mesma opinião é compartilhada por Gabriela Neves, de 23 anos, relata que além de desagradar visualmente, o problema atrapalha acessibilidade. “É difícil passar por esses lugares. Aí precisa desviar, procurar lugar que esteja um pouco melhor”.
Contra os emaranhados de fios, Elda Osana Reis, de 32 anos, defende que não falta fio na cidade. “Para todo lado que você olha tem os enrolados em poste, soltos. No Centro tem em todo canto mesmo, feio demais”, explica.
Em agosto deste ano, um motociclista sofreu acidente justamente por cabos soltos na rua Barnabé Honório da Silva, Jardim Pênfigo. Ele voltava da casa do irmão quando se enroscou na fiação.
Outro caso parecido já havia sido noticiado em 2019, quando uma mulher de 33 anos precisou ser socorrida após enroscar pescoço em fiação que estava solta. Sem enxergar os fios, ela se prendeu e acabou sendo arremessada.
Constante causa de acidentes, a fiação baixa e emaranhados são encontradas por toda a cidade. No início de agosto, motorista de caminhão de uma empresa de bebidas relatou ao Campo Grande News que desvios por caminhos mais longos do que o normal já viraram rotina para evitar ruas em que fiação poderia ser levada.