Maioria não concorda com consulta pública para vacinação de crianças
Nas redes sociais, leitores são contra decisão do governo e apoiam que imunização comece o quanto antes
Consulta pública para decidir sobre a vacinação em crianças de 5 a 11 anos está aberta no site do Ministério da Saúde até o dia 2 de janeiro, mas muita gente não concorda que seja necessária uma consulta assim para que a imunização inicie.
Na enquete realizada pelo Campo Grande News, 55% é contra a consulta e nas redes sociais, a maioria dos leitores também não concordou com a decisão do governo. "Pra que consulta pública? As vacinas está mais que aprovadas. As crianças precisam imediatamente ser vacinadas deixem de enrolação e comecem a vacinar", disse uma leitora.
Mesmo com aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com parecer favorável da Câmara Técnica que assessora o governo sobre imunização da covid-19, além de recomendação de especialistas da comunidade médica, a aplicação da vacina da Pfizer em crianças enfrenta resistência do governo federal, que abriu a consulta pública no dia 23 de dezembro.
Quem quiser participar da decisão, pode responder ao formulário clicando aqui. Ao todo, são 19 perguntas, mas apenas 6 delas são de fato sobre a vacinação, as outras 13 correspondem apenas a dados pessoais de quem está respondendo o questionário.
Opinião de outro leitor do Campo Grande News é de que a consulta é válida, desde que seja para quem entende de fato do assunto. "Se for direcionada exclusivamente a pais pesquisadores de vacina, porque não? Agora pedir opinião para quem não sabe nem votar em presidente da República e pôs no poder um negacionista e terraplanista, é totalmente insano.", comentou o homem.
Quem também não concorda com a consulta pública é o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, que em entrevista ao Campo Grande News, considerou o assunto como "Perda de tempo e esforço. Não podemos esperar tanto”. Ao final do prazo de participação na consulta do governo federal, haverá audiência, também aberta à sociedade civil, onde haverá resposta do Ministério.