Maioria não precisou recorrer à Justiça para garantir atendimento de saúde
Apenas 23% dos leitores disseram que já procuraram a Justiça para garantir atendimentos e exames
A maioria dos leitores, 77%, respondeu na enquete do Campo Grande News desta terça-feira (4) que nunca precisaram recorrer à Justiça para garantir atendimento de saúde, enquanto 23% disseram que já recorreram.
A leitora Fernanda Marques precisou recorrer para garantir que o plano de saúde cobrisse o tratamento. "Liminar para o plano de saúde cumprir cláusula de urgência e emergência".
A leitora Sandra Domingos procurou a Justiça para garantir a cirurgia da mãe. "Minha mãe precisava fazer uma cirurgia para amputação do dedo dela por conta da diabetes".
A leitora Ana Brasil comentou que nunca precisou tomar nenhuma medida envolvendo a Justiça, pois recebeu bom atendimento. "Meu esposo já ficou internado na Santa Casa e foi muito bem atendido".
Falta de especialista - A bióloga Jéssica Loyola Guimarães, de 39 anos, está com o bebê recém-nascido precisando de especialista em cardiologia neonatal e recebeu a informação de que não há profissional na Santa casa de Campo Grande, apesar de o hospital ser credenciado como referência no assunto. Jéssica contou que morava em Natal e se mudou para Campo Grande já na reta final da gravidez, após receber a garantia de aqui haveria o serviço especializado na rede pública.
O hospital informou, por meio de nota, que foi possível realizar o exame no final da noite de segunda-feira (3). A Santa Casa apontou que três especialistas se desligaram do quadro e foi preciso contatar um profissional.
Conforme a Santa Casa, a contratualização do hospital com o SUS (Sistema Único de Saúde) é para cirurgia cardíaca pediátrica e não cardiologia pediátrica, que seriam áreas correlatas mas com profissionais distintos. Os médicos que saíram do hospital são da cardiologia.
“A partir deste momento que tivemos conhecimento de que o recém-nascido precisaria ser avaliado pela equipe de Cirurgia Cardiovascular Pediátrica”, constou em trecho da nota, que apontou ainda que “todos os protocolos de atenção ao bebê cardiopata foram tomados e todas as medicações necessárias foram administradas, uma vez que o recém-nascido é prematuro extremo, pesando entre 700 e 800 gramas”.
Como se trata de um bebê prematuro, ele precisará evoluir em seu quadro para receber algum procedimento especializado. Segundo a nota,“ é necessário que o pequeno passe por procedimentos que fortaleçam seus pulmões, esqueleto, cérebro e outras partes essenciais, para que a cirurgia seja um sucesso. Até que isso ocorra, a criança será tratada com todas as medicações necessárias e com as melhores técnicas possíveis, recebendo toda a atenção que pudermos disponibilizar".