Com ação contra FFMS, Operário espera voltar à elite do Estadual em 2013
O Operário Futebol Clube espera voltar à Série A do Campeonato Sul-Mato-Grossense em 2013 após ação do MPE (Ministério Público Estadual) que pede o afastamento de Francisco Cezário e Marcos Tavares, presidente e vice, respectivamente, da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).
A mesma ação pede a suspensão imediata do MS Saad do Estadual deste ano pela participação irregular da Série B do Estadual em 2009 e séries A em 2010 e 2011. As ilegalidades estão no clube estar sediado em São Paulo e sem estatuto aprovado, além de inscrição irregular junto a FFMS e seguem no torneio em 2012, segundo informações do MPE.
Desde o ano passado, o presidente do Operário, Toni Vieira, apontava irregularidades no MS Saad e no Rio Verde, que também é citado na ação por escalação irregular de jogadores. Em 2011, o Galo acabou rebaixado à Série B.
Desta forma, segundo ele, o MS Saad ocupa a vaga do Operário na competição deste ano. "O clube foi o mais prejudicado pelas irregularidades e tem vaga garantida na Série A do ano que vem", comentou.
“Esta ação prova que o Operário não foi rebaixado, pois foi prejudicado, e também que o Tribunal de Justiça Desportiva do Estado não cumpre seu papel”, completou, declarando esperar que FFMS tenha nova diretoria no ano que vem.
Em nota, o presidente do clube declara ainda que a ação contra a federação de futebol em MS será um marco. “Retoma-se a esperança de um novo tempo no qual os times de MS terão chances de evolução e a torcida poderá voltar aos estádios para a emoção e diversão no acompanhamento da atuação de suas equipes”, diz.
A ação ainda determina a nomeação de um interventor judicial na FFMS durante as investigações e ou um dos vice-presidentes da entidade, com exceção de Tavares. Entre os cinco vice-presidentes, Aristides Cordeiro poderia assumir o posto por ser o mais velho.
Cezário e Tavares não falam sobre o caso. Segundo o vice da federação, apenas o advogado deles, André Borges, pode se pronunciar sobre o assunto. Borges, por sua vez, informou que, primeiramente, buscaria informações sobre o processo no Fórum de Campo Grande.
Entenda - O pedido de afastamento dos dirigentes é feito por meio dos promotores de Justiça do Consumidor Luiz Eduardo Lemos de Almeida e Fabrício Proença de Azambuja, que ajuizaram ação coletiva de consumo contra os dirigentes.
Sobre o MS Saad e Rio Verde, as participações irregulares lesaram o torcedor-consumidor.
O MPE também pede o ressarcimento do torcedor lesado com a devolução de valores pagos por ingressos nos campeonatos mencionados, bem como a condenação por danos morais a favor do torcedor e da coletividade.