Federação diz que evento de MMA é clandestino e ameaça ir à Justiça
O presidente da Federação de Luta Livre, Submission e MMA do Estado de Mato Grosso do Sul, Carlos André Marinho, acusa os organizadores da 21ª edição do PFC (Predador Fight Championship) de realizar evento clandestino, em Campo Grande. As lutas de MMA estão marcadas para o dia 11 de agosto, a partir das 19h, no ginásio do Rádio Clube Campo.
Marinho acionou o MPE (Ministério Público Estadual) e pretende entrar na Justiça com ação inibitória, na próxima segunda-feira (6), com a intenção de impedir a realização das lutas. “O evento é clandestino, não solicitaram nada para as federações e colocaram uma marca na rua. Estão fazendo propaganda enganosa, fazendo publicidade de um evento que ninguém sabe quem vai lutar”, alega.
Em Mato Grosso do Sul, existem três federações da modalidade. Além dessa presidida por Marinho, os lutadores têm como opção a Federação de Lutas Associadas de Mato Grosso do Sul e a Federação de MMA do Estado de Mato Grosso do Sul.
De acordo com Marinho, o evento só pode ser realizado com a parceria de uma das federações, o que segundo ele, não está ocorrendo. “As federações servem para fiscalizar, para preservar o atleta. Quem são os árbitros? Já estavam vendendo ingressos sem o card definido. Existe uma série de regulamentações e eles não estão cumprindo”, reclama.
Marinho diz que não foram apresentados exames de HIV e Hepatite B e C, além do contrato dos lutadores. “Tem que seguir a regulamentação, é uma questão de segurança. Está completamente na clandestinidade”, argumenta.
O presidente da Federação de Luta Livre, Submission e MMA afirma que o empresário promotor do evento, Otávio Figueiró, está ciente da notificação. “Sabe, mas fez vistas grossas”.
Concorrência desleal - Figueiró respondeu às críticas de Marinho. Segundo o empresário, apenas um atleta do card não está com contrato assinado, e que pode haver modificações nos combates. O prazo estipulado por Figueiró é que até segunda-feira seja resolvida a pendência.
“A federação tem evento dia 25 (de agosto) e nosso evento acabou prejudicando eles. É concorrência desleal”, argumentou, se referindo ao Cage Combat 2, marcado para acontecer no ginásio Guanandizão, em Campo Grande.
Figueiró responde que tem o aval da CBMMA (Confederação Brasileira de Mixed Martial Arts) e que haverá representante no dia do evento. O empresário também disse que na segunda-feira se reunirá com Nilson Pulgatti, que responde pela FMMAMS.
Entretanto, a FMMAMS é a única das três federações do estado que não é filiada à CBMMA. O Campo Grande News tentou entrar em contato com Pulgatti, porém ele está em Assunção, no Paraguai, e não atendeu as ligações.
O card da 21ª edição do PFC, que está sendo questionado, está definido com oito lutas. O cinturão até 83 kg será disputado por Maurício Alonso e Vagner Curió. No peso até 61kg, estarão na briga pelo cinturão Allan “Puro Osso” Nascimento e Khaoe Espindola.
Na categoria até 77 kg, Luiz Pitbull enfrentará Cleiton “Confusão”. Michel Igenho enfrentará Thomas Almeida na categoria até 67 kg. No peso até 84 kg, Glauber Valadores luta contra Rangel Farias, enquanto Gustavo Sucuri enfrenta Claudio Rocha.
Climério Costa e Elton Santos brigam no peso até 66 kg, e Márcio Bruno Tsuname e Tom lutam no peso até 70 kg.
As pesagens de todos os lutadores estão marcadas para acontecer no dia 10 de agosto, um dia antes do evento, no Pátio Central Shopping, a partir das 14h. De acordo com Otávio Figueiró, a realização do evento está gerando investimento mínimo de R$ 150 mil.
Segundo o empresário, mais de 600 entradas entre cadeiras e mesas foram vendidas. Os ingressos estão à venda e podem ser adquiridos no valor de R$ 30 para arquibancada e R$ 60 para cadeiras.
As mesas, localizadas próximas ao octógono, custam entre R$ 600 e R$ 1.000. As entradas estão sendo comercializadas no Pátio Central Shopping e Gugu Lanches. As mesas são vendidas pelo telefone (67) 9221-8655.