Operário de Caarapó é multado e perde mando de campo por agressão a técnico
Agressão ocorreu na partida de ida da final do Estadual Sub-20, realizada no último sábado
A comissão disciplinar do TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva do Mato Grosso do Sul) condenou nesta quinta-feira (22), o Operário Carapoense ao pagamento de multa de R$ 10 mil e a perda de mando de campo por duas partidas por conta da agressão de um segurança contratado pela equipe ao técnico do Dourados, Mateus Sabatine, na partida de ida da final do Estadual Sub-20, realizada no último sábado (17). (Vídeo acima)
Em sua defesa, o Operário Carapoense argumentou que o segurança agressor, embora contratado pelo clube, não fazia parte oficialmente da equipe e, portanto, não deveria estar sujeito às regras da competição. A defesa solicitou fosse aplicada multa de no máximo R$ 500, alegando que a responsabilidade pela conduta do segurança recairia sobre a empresa contratada, e não sobre o clube.
No entanto, o relator do processo, Ricardo de Almeida Andrade, rejeitou a argumentação da defesa. O membro da comissão destacou que, mesmo sendo um prestador de serviços externo, a empresa de segurança está vinculada diretamente ao clube e, por consequência, às regras da justiça desportiva. Ele reforçou que a contratação de serviços externos não isenta o clube das responsabilidades associadas ao comportamento desses prestadores de serviços durante as competições esportivas.
Em relação ao mérito do caso, a comissão disciplinar alegou que se esforçou para compreender as alegações de injúria racial que teriam sido proferidas pelo técnico agredido, mas não conseguiu obter sucesso. O relator ressaltou que, independentemente de haver ou não injúria racial, a gravidade da agressão, que ocorreu de forma inesperada e violenta com o técnico sendo atacado pelas costas, foi considerada ao definir as penalidades.
Com isso, a comissão aplicou multa de R$ 10 mil reais e a perda de mando de campo por duas partidas ao time mandante da partida.