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Jogo Aberto

Bolsonaro prefere vice militar a ter Tereza Cristina ao lado

Adriel Mattos e Gabriela Couto | 02/03/2022 06:00
Bolsonaro visitou Terenos, em maio do ano passado, onde fez a entrega de títulos da reforma agrária ao lado de Tereza Cristina. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Bolsonaro visitou Terenos, em maio do ano passado, onde fez a entrega de títulos da reforma agrária ao lado de Tereza Cristina. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Ela não – Aposta do Centrão, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, não é nem de longe o nome preferido do presidente Jair Bolsonaro (PL) na chapa à reeleição. Mesmo reconhecendo os resultados da sua pasta, Bolsonaro prefere um militar a seu lado.

"Efeito Temer" – Para o presidente, o vice deve ser alguém que tenha "seguro" contra o impeachment, segundo o jornal O Globo. O bom trânsito político pesa contra ela, criando um "efeito Temer", em referência ao ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu o cargo em 2016 após articular a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Ele sim – Bolsonaro insiste no nome do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, enquanto a ala mais política do governo defende um nome que atraia mais votos. Tereza, por sua vez, quer mesmo ser candidata ao Senado por Mato Grosso do Sul.

Persona non grata – Internamente, no União Brasil, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta é uma pessoa indesejada. Nos bastidores, “todos” sabem que ele deverá fazer campanha para o primo Marquinhos Trad (PSD) e não para Rose Modesto, que deixará o PSDB para se candidatar ao governo do Estado pela sigla recém-nascida.

Apoio - Antônio Carlos Magalhães Neto, que já foi presidente nacional do DEM, partido de Mandetta, e agora é secretário-geral do União Brasil, seria o responsável por segurar Mandetta no novo partido.

E Simone? - O racha interno do MDB de Mato Grosso do Sul está explícito na campanha publicitária do pré-candidato ao governo do Estado, André Puccinelli. Em vídeo, divulgado nas redes sociais, o emedebista fala da escolha distinta entre nomes para presidente e para governador. "Eleição presidencial e eleição para governador são coisas bem diferentes", destaca. O italiano diz que é preciso ter boa relação com quem quer que esteja comandando o País. Sequer cita que o partido tem uma pré-candidata ao cargo, que é a senadora Simone Tebet.

Preparativos – O prefeito Marquinhos Trad (PSD) está com os esforços dos últimos dias dedicados aos preparativos para o evento de sábado (5), quando será lançado candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul. Nesta terça-feira (1º), porém, teve reuniões de planejamento para a volta às aulas na Rede Municipal de Ensino e para discutir as obras de revitalização da Avenida Calógeras.

Sem partido - O prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, está sem partido. Ele ficou apenas quatro meses no Podemos. Segundo o presidente do partido, Sérgio Murilo, o pantaneiro decidiu retornar ao projeto do PSDB, que caminha em rota contrária à sigla.

Entregando os pontos - O ex-secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica e presidente regional do Podemos também afirmou à coluna que está prestes a deixar a política. "Estou seriamente inclinado a me dedicar totalmente as minhas atividades privadas".

No cemitério - O vereador Thiago Vargas (PSD) aproveitou o ponto facultativo de Carnaval para visitar o túmulo da mãe. Nas redes sociais, ele postou um vídeo chorando e refletindo sobre o momento. "Eu trocaria todas as viagens do mundo para estar ao lado da minha mãe". Mercedes Vargas, de 51 anos, morreu vítima de covid em abril de 2021.

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