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Centro-Oeste se une contra riscos da Reforma Tributária

Ângela Kempfer e Maristela Brunetto | 11/05/2023 06:00
Em estado da agropecuária, cobrança de tributo no destino e fim do Fundersul são alguns dos temores. (Foto: Assessoria Famasul)
Em estado da agropecuária, cobrança de tributo no destino e fim do Fundersul são alguns dos temores. (Foto: Assessoria Famasul)

Centro-Oeste unido - Técnicos e políticos do Centro-Oeste discutiram, na manhã de quarta-feira, na Câmara Federal, em Brasília, os riscos que a Reforma Tributária oferece ao desenvolvimento dos estados da região. Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás têm em comum o peso do agro na economia e temem que algumas mudanças freiem e até prejudiquem a atuação local. Um dos grandes medos é com a mudança no recolhimento do imposto de consumo (atualmente ICMS), que hoje é cobrado na origem e passará para o destino do produto, que vai favorecer estados consumidores e prejudicar os produtores.

MS é agro - Do Estado, foram técnicos e o secretário de Fazenda Flávio César. Mas quem acabou abordando o tema foi o adjunto, Lauri Kener, funcionário de carreira da pasta. Ele revelou o temor também com a possibilidade de extinção do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), criado há mais de 20 anos e utilizado na recuperação de estradas, o Fundo equivale a 10% da arrecadação estadual. Outro receio é com a desoneração da tributação do gás natural, que corresponde a 15% das receitas estaduais.

Compensações e dívidas - Kener defendeu que os estados da região trabalhem em bloco e lutem por compensações, diante da perda de arrecadação, que não cubram somente o que se perdeu, mas também o que seria crescimento real nas receitas. Outro tema que ele apontou que requer esforço é para que não seja aprovado modelo único de negociação de dívidas dos estados, mas que cada um possa criar sua saída conforme a realidade local.

Voo interrompido - Nos debates que estão ocorrendo sobre a reforma, autoridades têm apontado que Mato Grosso do Sul está muito à frente do Brasil no ritmo de crescimento, com o local em 3,49% contra 2,13% do nacional. Kener destacou que boa parte do bom desempenho diz respeito à tributação do ICMS na origem e aos incentivos fiscais, áreas em debate na reforma, justificando o quanto o Estado tem motivos para ficar preocupado com as mudanças.

Sororidade - A ex-primeira-dama de Campo Grande, Tatiana Trad, encampou o discurso feminista. Ontem, discorreu sobre o conceito de “sororidade”, a empatia entre mulheres que garante apoio uma a outra em momentos complicados. “Pratico essa solidariedade porque percebo que unidas ficamos mais seguras e confiantes. E mais longe nós voamos!”, disse. Além de falar sobre o tema, também fez enquete entre as seguidoras: “E você? O que tem feito pelas mulheres que cruzam seu caminho?”.

Orando sempre - Ao mesmo tempo, também é grande defensora do matrimônio, com dicas de livros como “O Poder da Oração no Casamento”, de Stormie Omartian. “Após pesquisar centenas de mensagens recebidas e avaliar sua própria experiência matrimonial, elencou 14 questões que podem conduzir à destruição do relacionamento conjugal”, explicou Tatiana. Uma dessas questões é “o cônjuge deixar de ser prioridade para o outro”.

Rainha do Rock - Rita Lee escreveu antes de morrer que não queria político nenhum no seu enterro, porque nunca apoiou partido algum. Mas não teve como ser esquecida por parlamentares que cresceram junto com a Rainha do Rock. Os últimos dias foram de homenagens, com gente lembrando de várias trilhas sonoras da própria vida.

Sexo frágil - Os hits foram surgindo de vários sul-mato-grossenses que estão ou estiveram no poder. “Como não lembrar de tantos hits que embalam nossas vidas: Mania de você, Lança Perfume, Jardins da Babilônia, Agora Só Falta Você...”, enumerou a ministra Simone Tebet. A senadora Soraya Thronicke lembrou da frase famosa e de teor bem político de Rita Lee: “Sexo frágil não foge à luta”.

Som da guitarra - Já o ex-ministro Henrique Mandetta agradeceu nas redes sociais pela transgressão, amor e festa. “Tínhamos a sensação a qualquer hora que ela diria o que todos nós queríamos dizer”, comentou. O ex-deputado Paulo Duarte também lembrou da roqueira: “irreverente, livre, cheia de alegria de viver”. Ao se despedir da artista, vítima de câncer no pulmão, seguiu no clima da personalidade de Rita Lee, “a nossa Rainha do Rock vai fazer os céus bailarem ao som da sua guitarra e voz!”.

Cabulando aula - Nem só de calote no comércio vivem as campanhas da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande. Em junho, o mutirão para regularizar a vida de devedores terá como foco os pais. Tem muita gente inadimplente com escolas e será a chance de negociar as mensalidades em atraso.

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