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Jogo Aberto

Depois de pacote fiscal, novo enxugamento vem por ai

Fernanda Palheta e Leonardo Rocha | 01/11/2019 06:00
Encontro do governador com deputados na manhã de ontem, na Assembleia. (Foto: Leonardo Rocha)
Encontro do governador com deputados na manhã de ontem, na Assembleia. (Foto: Leonardo Rocha)

Apertando mais - O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) avisou ontem que vem mais por ai, além do pacote de projetos enviado para Assembleia, que busca incrementar a receita estadual, para ampliar investimentos. Ele revelou que em breve vai promover mais um enxugamento da máquina pública, para diminuir os gastos.

Sem detalhes - No entanto, Reinaldo ainda mantém a proposta em segredo, sem dar nenhuma pista da tal reestruturação, que já tentou via demissões voluntárias, sem muito sucesso, com adesão de menos de 200 servidores. "Já fizemos o dever de casa nos anos anteriores e teremos mais medidas para equilibrar as contas do Estado", disse apenas o tucano.

Verde - O governador defende ainda que ao reduzir o ICMS sobre o etanol de 25% para 20%, Mato Grosso do Sul incentiva o setor e contribui para o programa "Estado Carbono Neutro", que visa reduzir e neutralizar a emissão de gases de efeito estufa. "Somos um Estado que aderiu ao programa e este aumento do consumo de etanol contribui, já que se trata de uma energia limpa".

Contrariado - O diretor presidente da Emha, Eneas José de Carvalho Netto, era pura revolta nessa quinta-feira durante cadastramento de família na Comunidade do Mandela. Enquanto funcionários faziam o registro de famílias que vivem em barracos no local, ele reclamava da ação realizada a pedido do Ministério Público.

Olho no olho - “Tem gente aqui que nem olha na minha cara, porque sabe que eu já conheço de outras invasões”, comentou sobre “oportunistas” que, segundo ele, montam barracos em favelas só para conseguir casas populares e depois alugar ou vender. “Por mim, nem fazia essa ação. Isso só incentiva novas invasões”, argumentou.

Que semana - A última semana do mês de outubro foi surpreendente para o vereador Vinicius Siqueira (DEM). O democrata quase não consegue fazer as pautas dele vingarem na Casa de Leis, mas nas duas últimas sessões essa história mudou. Além de conseguir assinaturas para instaurar uma CPI, também teve apoio dos colegas para derrubar um veto do Executivo.

No subsolo – A Energisa começou hoje às 5h a fazer as ligações de energia da rede subterrânea com o comércio da Rua 14 de Julho. O trabalho é todo de forma online, da central de controles da empresa, e a promessa é que os lojistas nem percebam, porque o fornecimento será suspenso por, no máximo, 15 minutos.

Cadê a vaga? - A Santa Casa é pressionada para arrumar vagas de internação para dependentes químicos em Campo Grande, mas como fechou a Psiquiatria, agora resolveu se unir a outras entidades para encontrar um jeito de se livrar dessa responsabilidade. Ontem ocorreu a primeira reunião entre diretores do hospital e de organizações como Igreja, PM e dirigentes lojistas, na tentativa de achar soluções, especialmente, para o uso de drogas na região central.

Nada oficial - O problema é que o debate já começou mal, com muitos números desencontrados que, sem base oficial, parecem especulação perigosa. Segundo a Seleta, são 1.800 usuários de drogas vivendo nas ruas em Campo Grande. Já o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, fala em 360.

Nota preta - Esacheu também garante que ficou sabendo que os usuários movimentam R$ 1,5 milhão com a compra de crack, por mês só no Centro. “Cada drogado desse é obrigado a comprar do fornecedor pelo menos 100 reais por dia”, garante.

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