Deputado ganha até jingle depois de ir contra policiais
Jingle - Menos de 48 horas depois da fala do deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) contra o que chamou de "greve branca", os policiais civis criaram até uma jingle para criticar o parlamentar tucano. Ao som da batida de um rap, os policiais falam que Caravina tem "sorriso de serpente" e que se "diz amigos dos tiras, mas só no disfarce, defende a própria casta". A música embalou a concentração dos policiais na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).
Injusto - O presidente da Casa, deputado Gerson Claro (PP), saiu em defesa do colega. "É injusta a forma como o deputado Caravina é tratado pela fala que ele teve. É uma manifestação com corte, quem duvidar disso pega a integra da fala e vem debater comigo", disse ao som de vaias. Claro culpou instabilidade na internet. Para ele, as falas de parlamentares são tiradas do contexto quando viralizam e "apagam" a atuação e "luta" de um deputado.
Desentendimento - O pronunciamento do presidente da Alems também foi marcado por desentendimento com o público, formado majoritariamente por policiais civis. A cada vaia e gritos de palavras de ordem, Claro retrucava. Ao falar de avanços, fazendo menção aos benefícios aprovados no primeiro semestre, o deputado disse que a categoria precisa melhorar as lideranças.
Petistas? - Quem fez sucesso durante o protesto dos policiais civis foram os petistas Pedro Kemp e Gleice Jane. Mesmo com as categorias da segurança sejam conhecidas pelo posicionamento conservador e seja "Bolsonaro", os dois parlamentares foram aplaudidos e aclamados enquanto defendiam os trabalhadores.
Sucesso - Mudando de tom, o deputado Gerson Claro ressaltou o sucesso da Corrida dos Poderes. Segundo ele, durante o lançamento do evento na manhã de ontem, as 1500 vagas foram preenchidas em 23 minutos. Foram mais de 10 mil acessos na abertura. Incendiários no alvo.
S.O.S Calógeras - Vendo a vida noturna voltar a trecho da 14 de Julho, com a iniciativa de empreendedores que abriram bares no local, o vereador Ronilço Guerreiro apresentou projeto para que a Avenida Calógeras, entre a Mato Grosso e a Rua Barão do Rio Branco, seja reconhecida como área de interesse cultural, a exemplo de projeto semelhante aprovado sobre a Barão.
Falta vida - A questão é que não é um projeto de lei que atrai atenção para o local. A Calógeras é uma das ruas mais antigas da cidade, já teve um comércio tocado, principalmente, por palestinos, muito vivo e, de fato, é triste ver o abandono. Mas é preciso que o trecho tenha imóveis e apelo para atrair o público, para depois virar corredor cultural.
Incentivo - Os vereadores consideraram, durante a sessão de quinta-feira (29), que a Prefeitura podia fazer mais para atrair empreendedores para o Centro, como a concessão de desconto de IPTU. O assunto foi incluído em projeto de lei que considerou a 14 como corredor cultural, mas foi vetado. O veto deve ser mantido, mas a Casa quer retomar o assunto em negociações com a Administração Municipal.
Conta pra 3 mil - Quem acompanha as sessões sabe que o presidente, Carlos Augusto Borges, o Carlão, é dado a brincadeiras. Ao falar sobre importância do sigilo em alguns casos, lembrou de uma “treta” familiar que ajudou a conciliar e que garantiu que só ficaria “entre os três” envolvidos, ele e mais dois parentes. De um deles veio a resposta: só se for ficar "entre três mil (pessoas)", já que o vereador tem fama de conversador.
Boris Casoy - Em tom de brincadeira, Carlão disse que iria agir como o ex-presidente da Câmara, Paulo Siufi, em momento Boris Casoy, numa referência à atitude de comentar todos os projetos. Ele falava sobre hábito de colegas. Depois de mencionar o traço de Siufi, Carlão emendou que o ex-parlamentar “era fera” e “um barato”.